O grupo “Celulose e Papel” registrou nos sete primeiros meses deste ano receita de US$ 1,269 bilhão, um aumento de 13%.

Celulose já responde por 60% das exportações de industrializados de MS, que atingem receita de US$ 2,14 bilhões em 7 meses
Celulose e Papel. / Foto: Assessoria de Imprensa

A celulose já responde por quase 60% da receita de US$ 2,14 bilhões obtida com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul de janeiro a julho deste ano com um montante de US$ 1,26 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Esse total é 13% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando atingiu a marca de US$ 1,12 bilhão.

Na avaliação do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, esse crescimento pode ser creditado ao aumento nas compras efetuadas pela China e Estados Unidos. “Esses dois países elevaram de forma substancial a aquisição de celulose, refletindo no aumento da receita desse grupo no total das exportações de produtos industrializados”, declarou.

Ele acrescenta que logo depois da celulose aparece a carne bovina com quase 26% a receita de US$ 2,14 bilhões obtida com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul de janeiro a julho deste ano com um montante de US$ 556,88 milhões. “Na prática, essa receita é 15% superior a do mesmo período do ano passado, quando chegou a US$ 485,38 milhões. A alta também é devido ao aumento das compras efetuadas por Hong Kong, Chile, Emirados Árabes Unidos, Irã, China, Arábia Saudita e Egito, respectivamente”, analisou.

Guerra comercial

No geral, o montante de US$ 2,14 bilhões obtido com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul de janeiro a julho deste ano é 5% maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou US$ 2,04 bilhões. Apenas no mês de julho, as exportações de industrializados do Estado totalizaram US$ 322,95 milhões contra US$ 302,35 milhões de julho o ano passado, uma alta de 7%.

Para o economista, esse crescimento pode ser creditado à guerra comercial os Estados Unidos e China, o que deve perdurar durante todo este segundo semestre de 2019. “Não há dúvida de que essa briga entre essas duas potências econômicas está beneficiando o Brasil, principalmente com as vendas de carne bovina e de aves. Por hora, o nosso país só tem a ganhar com esse conflito”, garantiu.

Desempenho

Ezequiel Resende destaca que, quanto à participação relativa, no mês de julho, a indústria respondeu por 75% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano a participação está em 70%. Ele acrescenta que, quanto ao desempenho, os grupos de maior destaque nas exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul são: Celulose e Papel, Complexo Frigorífico, Extrativo Mineral, Óleos Vegetais, Couros e Peles e Açúcar e Etanol, que, somados, representaram 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de industrializados ao exterior.

O grupo “Celulose e Papel” registrou nos sete primeiros meses deste ano receita de US$ 1,269 bilhão, um aumento de 13%, que foram obtidos quase que na totalidade com a venda da celulose (US$ 1,234 bilhão), tendo como principais compradores China, com US$ 750 milhões, Estados Unidos, com US$ 147,66 milhões, Itália, com US$ 96 milhões, Holanda, com US$ 88,86 milhões, Reino Unido, com US$ 29 milhões, Espanha, com US$ 22,71 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 18,71 milhões.

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida de janeiro a julho foi de US$ 556,88 milhões, um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 43,1% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas de bovinos congeladas, que totalizaram US$ 239,80 milhões, tendo como principais compradores Hong Kong, com US$ 95,74 milhões, Chile, com US$ 81,91 milhões, Emirados Árabes Unidos, com US$ 57,83 milhões, Irã, com US$ 34,42 milhões, China, com US$ 32,78 milhões, Arábia Saudita, com US$ 30,18 milhões, Egito, com US$ 29,80 milhões, Japão, com US$ 22,37 milhões, e Uruguai, com US$ 20,77 milhões.