Defesa do estudante pediu quebra do sigilo bancário de Carolina

Celular pode revelar passos de estudante antes de acidente com morte

A Polícia pediu a quebra do sigilo da internet do estudante de medicina João Pedro de Miranda, de 23 anos, para saber os locais onde ele estava antes do acidente que matou a advogada Carolina Albuquerque, no dia 2 de novembro, na Avenida Afonso Pena.

Em depoimento João Pedro teria dito que estava em casa antes do acidente o que também teria sido confirmado pelo pai do estudante. Agora a polícia que confrontar as informações e saber se João Pedro não teria acessado a internet de outros pontos da cidade, antes da colisão fatal.

A polícia também tenta recuperar os dados do iPhone de João Pedro, que foram apagados remotamente por ele. Ainda de acordo com o delegado que cuida do caso, Geraldo Marim, da 3º delegacia de polícia, os laudos sobre as imagens coletadas e que mostram o acidente e a aferição da velocidade não ficaram prontos.

A quebra do sigilo bancário de João Pedro também foi pedido, já que o estudante teria passado em outros locais antes do acidente, segundo o delegado.

Pedido da defesa

Os advogados querem saber se houve perícia com base na coleta de sangue a material gástrico da moça e, se não foi realizada, que agora seja por empresa indicada por eles nos autos. De acordo com o pedido, há ponto incontroverso, pois, o estudante trafegava pela Afonso Pena e seu veículo foi “abalroado” pelo carro da vítima que atravessou com sinal vermelho.

A defesa também pediu que, em caso de ter sido feita coleta de sangue e material gástrico da vítima após o acidente e os mesmos estejam devidamente armazenados, que seja determinada a realização de exame no sangue para se saber se há resquícios de teor alcoólico, ou substância análoga, bem como seja reservado no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia) uma amostra do sangue para que a defesa possa realizar a perícia com assistente técnico, no momento oportuno.

Prisão e tornozeleira

João Pedro chegou a ser preso depois de passar dois dias foragido, mas pagou fiança de mais de R$ 50 mil e conseguiu reverter para monitoramento eletrônico. O pai do filho de Carolina, Douglas Barros, entrou com recurso para tentar invalidar decisão que livrou o estudante da prisão, mas o pedido foi rejeitado pelo juiz Carlos Alberto Garcete no dia 17 deste mês.