O Governo do Estado divulgou um boletim nesta sexta-feira (13) com o número de casos de Dengue, Zika e Chikungunya em Mato Grosso do Sul. Porém, os números podem ser mais alarmantes do que o divulgado.

Segundo balanço, até o momento são 55.002 suspeitas de dengue, 1.908 de Zika e 195 de Chikungunya. Para citar um exemplo, sobre o Zika, são 1.359 “casos suspeitos com coleta de amostra para exames laboratoriais”, 171 casos confirmados e 378 casos descartados até o momento, o que pode ser ainda maior.

A reportagem procurou o secretário de Saúde, Nelson Tavarez, para saber sobre a situação atual da Zika, após grande preocupação demonstrada por ele no começo do ano. O secretário disse que a preocupação continua grande diante da gravidade de uma epidemia, mas disse que hoje os sintomas já não são tão desconhecidos, o que facilita a identificação.

Indagado sobre o número de casos, no caso de Zika, o secretário não informou porque não sabia de cabeça, mas ponderou que os dados são bem complexos. Tavarez ponderou que no começo muitas pessoas procuravam um médico e, com sintomas parecidos, acabavam sendo diagnosticados com dengue.

Hoje isso mudou, mas pode comprometer um cuidado maior com os números. O secretário explica que hoje, com os sintomas mais conhecidos, o médico já identifica o Zika, e na maioria nos casos não solicita exame. Segundo o médico, até por questões financeiras, não seria possível pedir exame para 10% dos que procuram os médicos com os sintomas.

Atualmente as doenças são as principais responsáveis pela lotação de postos, principalmente no verão. Elas preocupam pela dor, risco de morte e agora pela deformação no feto, que com o Zika, pode nascer com microcefalia.