A pastora continua presa.

Caso Flordelis terá primeiro julgamento de suspeitos amanhã
O crime ocorreu em 2019. A pastora está presa, suspeita de ser mandante do assassinato. / Foto: Reprodução/Redes Sociais

A trama familiar movida por traição, ódio e dinheiro, costurada pela ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza, sustenta as acusações nos dois processos sobre a morte a tiros do marido da ex-parlamentar, o pastor Anderson do Carmo. 

O crime ocorreu em 2019. A pastora está presa, suspeita de ser mandante do assassinato. O primeiro julgamento do caso na Justiça aconteceu amanhã (23). No banco dos réus, aparecem dois filhos da matriarca.

Filho biológico de Flordelis, Flávio dos Santos Rodrigues é acusado de ter efetuado os disparos contra o pastor na garagem da casa onde vivia com Flordelis. Eles foram casados por 21 anos.

O filho adotivo da ex-parlamentar, Lucas Cezar dos Santos Souza acabou denunciado à Justiça por ter comprado a pistola usada no crime. Ambos respondem por homicídio triplamente qualificado (sem chance de defesa da vítima).

“Vou usar vídeos com depoimentos dos dois na delegacia. Em um, o Flávio confessa ter dado os tiros, em outro, o Lucas diz que recebeu carta da mãe para assumir o crime no lugar de Flávio. É preciso se fazer justiça após dois anos e cinco meses da morte do pastor Anderson”, afirmou o advogado Angelo Máximo, assistente de acusação.
Máximo se refere a uma carta que Lucas acusou Flordelis de ter escrito, levada ao presídio Bandeira Stampa, no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste, por Andrea Santos Maia, esposa do ex-PM Marcos Siqueira, que estava preso com Lucas.

Em depoimento à Polícia Civil, em 2020, Lucas afirmou que, após receber a mensagem supostamente assinada pela mãe, copiou dentro da cadeia um texto de confissão já pronto, que o incluía na participação do assassinato. Tudo para montar uma farsa e proteger Flávio.