Eles contaram que, na hora do ataque, o homem disse que LGBTs tinham que apanhar e morrer. Um deles ficou com o rosto machucado e o outro teve que imobilizar o braço.

Casal gay relata agressão após tentar defender mulher em festa

Um casal gay conta que foi agredido ao tentar defender uma mulher durante uma festa de aniversário em um apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio, neste domingo (4). Eles acusam o agressor de homofobia.

“Ele arremessou uma garrafa de vidro na cabeça dela. Mirou na cabeça dela mas, graças a Deus, não acertou. E essa menina ficou em choque. A gente foi protegê-la dentro de um apartamento”, contou uma das vítimas, que preferiu não se identificar.

Após o casal sair com a mulher para outro apartamento do mesmo prédio, o agressor foi atrás deles. “Assim que ele entrou, estávamos eu e ele, e ele nos agrediu. Ele me agrediu com um soco na cara”, afirmou.

Eles contaram que, na hora do ataque, o homem disse que LGBTs tinham que apanhar e morrer. Os policiais do 19º Batalhão (Copacabana) foram chamados, mas quando chegaram no apartamento, o agressor já tinha fugido.

As vítimas foram levadas para o Hospital Miguel Couto, também na Zona Sul. Um dos homens ficou com o rosto machucado por causa do soco, e o outro teve que imobilizar o braço porque fraturou o dedo no momento em que foi derrubado.

O caso foi registrado na delegacia do bairro como lesão corporal. Os dois ainda farão exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML). Eles deram a identificação do agressor para a polícia. A mulher atacada não procurou a delegacia.

“Da mesma forma que foi um soco, que foi um empurrão, poderia ter sido um tiro. Poderia ter sido uma facada. Então, na verdade, a gente está aqui para isso. Para deixar nítido que o Rio de Janeiro precisa ter esse controle, precisa ter essa rigidez na lei com essas pessoas que fazem qualquer tipo de agressão ao ser humano”, explicou uma das vítimas.