Em um ano, Campo Grande subiu da 5ª para a 3ª posição dentre as 100 maiores cidades brasileiras que menos desperdiçam água

Capital é a terceira cidade que menos joga água fora, aponta pesquisa
Vazamento de água na Joaquim Murtinho, em Campo Grande; pedestre precisava pular água jorrando / Foto: Arquivo

Em um ano, Campo Grande subiu da 5ª para a 3ª posição dentre as 100 maiores cidades brasileiras que menos desperdiçam água. O número contribui para a nota 7,3 que a Capital obteve em estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil sobre saneamento básico com base em dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) de 2017 e anos anteriores.
 
Enquanto quase 35 milhões de brasileiros não tem acesso à água tratada, o abastecimento em Campo Grande é de 98,48% da população. O percentual sobe para 99,80% quando levada em consideração só quem vive na área urbana.
 
Cano estourou e água jorrou na Rodolfo José Pinho (Foto: Arquivo)
No processo de levar a água potável até as casas, 19,38% se perdem. Nas 100 maiores cidades do Brasil – que concentram 40% da população –, o desperdício atinge 39,5%.

Na Capital, o índice de perda era de 19,42% em 2016, conforme divulgou o Instituto Trata Brasil no ano passado.

De acordo com Águas Guariroba, concessionária do abastecimento de água e tratamento de esgoto de Campo Grande, as chamadas perdas reais são os vazamentos. Sobre este desperdício há controle e a empresa busca sempre reduzir o percentual.

Existem, porém, “perdas aparentes”, quando há submedição dos hidrômetros por erro de leitura ou falta de “calibração” dos aparelhos. A concessionária trabalha para melhorar a fiscalização, uma vez que este desperdício é causado principalmente pelas ligações clandestinas.

Neste caso, o desafio é compartilhado com a Prefeitura de Campo Grande, conforme explicou Francis Faustino, coordenadora de operações da Águas Guariroba, em entrevistaao Campo Grande News em junho do ano passado, porque os “gatos” de água se espalham em áreas invadidas. 

Esgoto – No Brasil, 72,77% da população das 10 maiores cidades têm esgoto coletado em casa e 55,61% têm acesso a esgoto tratado. Na Capital, os percentuais são 80,60% e 59,85% respectivamente.

Embora tenha índices relacionados ao abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto acima da média nacional, Campo Grande caiu do 26º para o 31º lugar no ranking geral dos municípios com melhores e piores indicadores, mostra a pesquisa.