O propositor até tentou buscar outros meios, mas adianta que a proposta vai ficar barrada na Casa de Leis

Câmara de Campo Grande enterra CPI da Santa Casa
O propositor até tentou buscar outros meios, mas adianta que a proposta vai ficar barrada na Casa de Leis / Foto: Rafael Tavares (PL) foi propositor da CPI para investigar Santa Casa. (Reprodução, Câmara | Midiamax)

A CPI (Comissão Processante de Investigação) solicitada por vereadores de Campo Grande que buscava investigar o rombo financeiro da Santa Casa, maior hospital de Mato Grosso do Sul foi arquivada pela Câmara de Campo Grande e não deve voltar para Casa de Leis.

A CPI foi solicitada por 14 vereadores, mas há alguns dias teve parecer para o arquivamento na Procuradoria-Geral da Casa de Leis. O propositor da CPI, vereador Rafael Tavares (PL), disse que tentaria buscar outros meios para tentar voltar a colocar a proposta na Casa, mas nesta terça-feira (19), adiantou ao Jornal Midiamax que as razões para o arquivamento giram em torno da legitimidade da investigação.

O requerimento que pediu abertura do processo de investigação, protocolado em 10 de junho, foi assinado pelos vereadores Leinha (Avante), Wilson (Avante), Ana Portela (PL), André Salineiro (PL), Jean Ferreira (PT), Júnior Coringa (MDB), Maicon Nogueira (PP), Marquinhos Trad (PSD), Professor Juari (PSDB), Fábio Rocha (União Progressista), Neto Santos (Republicanos), Flávio Cabo Almi (PSDB), Dr. Lívio (União Progressista) e o próprio Rafael Tavares.

A principal alegação dos parlamentares é a falta de transparência da entidade filantrópica, que afirma operar com um déficit de R$ 13 milhões mensais nos atendimentos via SUS (Sistema Único de Saúde).

“Precisamos saber o porquê do colapso. Temos que entender o que está sendo gasto com folha de pagamento, insumos, quais são as contas fixas, quais são as variáveis. É como se fosse uma empresa, e uma empresa que gasta mais do que arrecada, quebra. É isso que está acontecendo com a Santa Casa”, defendeu Tavares na época.

A pressão pela CPI se intensificou após a morte da menina Sophie Emanuelle Viana, de 5 anos, em 29 de maio, após três dias internada na Santa Casa em razão de um acidente doméstico. A família denuncia negligência no atendimento oferecido pela unidade hospitalar.