Buffon falha, mas gol de pênalti determina empate entre Itália e Espanha
Itália e Espanha empataram em 1 a 1 nesta quinta-feira, em Turim, pela Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. / Foto: EFE/JuanJo Martin

Pouco mais de três meses depois de a Itália eliminar a Espanha nas oitavas de final da Eurocopa com uma vitória por 2 a 0 no Stade de France, as duas seleções voltaram a se enfrentar, desta vez em Turim, e houve empate em 1 a 1, com direito a falha do experiente goleiro Gianluigi Buffon e pênalti polêmico a favor dos anfitriões.

A revanche, realizada nesta quinta-feira no Juventus Stadium e válida pelo grupo G das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, não foi das partidas mais vistosas na parte técnica. No entanto, Buffon deu um pouco de emoção ao errar em corte de lançamento e permitir que Vitolo fizesse 1 a 0 para 'La Roja', enquanto De Rossi, que foi homenageado por ter chegado a 107 jogos pela 'Azzurra', empatou em penalidade que a princípio não seria dada pelo árbitro, mas acabou marcada por indicação do auxiliar.

Dessa forma, as duas seleções tradicionais somam quatro pontos e estão atrás da Albânia, que se tornou a única com 100% de aproveitamento na chave ao bater Liechtenstein por 2 a 0 como visitante. Israel assumiu a quarta colocação ao fazer 2 a 1 na Macedônia, atuando em Skopje.

A Itália, agora treinada por Giampiero Ventura, teve apenas duas modificações em relação à vitória em Saint-Denis - as saídas do zagueiro Chiellini, machucado, e do meia Giaccherini, para as entradas de Romagnoli e Montolivo.

Na Espanha, Julen Lopetegui mexeu mais na formação escolhida por Vicente del Bosque em 27 de junho. Perderam a titularidade em Turim o lateral-direito Juanfran, o meia Fàbregas e os atacantes Nolito e Morata. Um dos que ganharam uma vaga foi o atacante Diego Costa, que pôde fazer um duelo brasileiro com Éder.

O primeiro tempo foi frustrante para quem esperava ver um futebol bem jogado ou ao menos uma partida emocionante, e isso foi retratado logo na primeira finalização, favorável aos espanhóis. Aos dez minutos, Iniesta tabelou com David Silva e bateu fraco, facilitando o trabalho de Buffon.

Mesmo fora de casa, a Espanha dominava o clássico, mas sem criar chances mais claras. Aos 19, Iniesta levantou, Piqué cabeceou, e a bola acabou acertando Sergio Ramos, o que o tirou da rota do gol. Pouco depois, Lopetegui perdeu Alba, que sentiu um problema muscular e deu lugar a Nacho.

O ataque espanhol estava apagado, e os lances de perigo eram protagonizados por defensores. Aos 24 minutos, Carvajal cruzou, Ramos desta vez preparou e Piqué completou de cabeça, mas deu nas mãos do goleiro italiano. Em seguida, foi a vez da 'Azzurra' perder alguém machucado, Montolivo, que sentiu o joelho e foi substituído por Bonaventura.

Os donos da casa enfim apareceram com maior contundência no ataque nos minutos finais da primeira etapa, em duas tentativas de Éder, aos 40 e aos 42 minutos. No entanto, o brasileiro não pegou na primeira, e a segunda foi um cruzamento que ficou com De Gea.

Ainda antes do intervalo, aos 46, houve polêmica. David Silva descolou lançamento na medida para Diego Costa, que ficaria na cara do gol. A arbitragem assinalou impedimento duvidoso e parou a jogada.

Pouco afeito a falhas, Buffon errou feio aos dez minutos do segundo tempo e acabou sendo o vilão da seleção anfitriã. Busquets lançou por baixo buscando Vitolo, o experiente arqueiro furou bisonhamente no corte, e o atacante do Atlético de Madrid empurrou para a rede.

A resposta foi dada um minuto depois, mas o empate da tetracampeã mundial não veio. De Sciglio fez o chuveirinho, e Pellé cabeceou buscando o canto, mas Piqué apenas acompanhou a saída da bola. Na sequência, aos 19, após mais uma bola vinda da esquerda, Éder desviou e Immobile tentou concluir, mas não alcançou.

A Itália até tentava, mas quem esteve mais perto do gol foi a Espanha, aos 22, de novo com Vitolo. Koke o acionou, ele invadiu a área e mirou o canto direito, tirando tinta da trave.

O roteiro então passou a ser o de tantas outras partidas da 'Azzurra' na história. Ela parecia morta, mas não estava, e foi salva por um pênalti polêmico, aos 35 minutos. Sergio Ramos dividiu com Éder na área, e Felix Brych não marcaria a infração, mas foi convencido por seu auxiliar número dois, Stefan Lupp, que correu para o meio. De Rossi fez a cobrança e, com a paradinha considerada permitida, com diminuição do ritmo da corrida, deslocou De Gea e deixou tudo igual.

O gol acordou a equipe mandante, que esteve perto da virada. Aos 41, Immobile driblou Piqué na área e cruzou rasteiro, mas ninguém apareceu para concluir. Segundos depois, Belotti até estufou a rede, mas foi marcado impedimento.

Ficha técnica:.

Itália: Buffon; Bonucci, Barzagli e Romagnoli; Florenzi, Montolivo (Bonaventura), De Rossi, Parolo (Belotti) e De Sciglio; Éder e Pellè (Immobile). Técnico: Giampiero Ventura.

Espanha: De Gea, Carvajal, Sergio Ramos, Piqué e Alba (Nacho); Busquets, Koke e Iniesta; Vitolo (Thiago Alcântara), David Silva e Diego Costa (Morata). Técnico: Julen Lopetegui.

Árbitro: Felix Brych (Alemanha), auxiliado pelos compatriotas Mark Borsch e Stefan Lupp.

Cartões amarelos: Parolo, Bonaventura e Bonucci (Itália); Busquets, Vitolo, Diego Costa, Sergio Ramos e Piqué (Espanha).

Estádio: Juventus Stadium, em Turim (Itália).