Consórcio Guaicurus foi à Justiça para tentar barrar o novo meio de transporte.

Briga judicial e ajustes em aplicativo adiam circulação de vans

Liberado desde o dia 9 de setembro, o transporte coletivo em Campo Grande por meio das vans ainda não tem data para começar a funcionar. A previsão era que as “lotações” estivessem nas ruas nesta quarta-feira (16), mas a programação foi adiada.

De acordo com Rodrigo Aranda Armoa, presidente do Sinte-MS (Sindicato dos Transportadores Escolares de Mato Grosso do Sul), a categoria agora acompanha o imbróglio na Justiça, enquanto o aplicativo Rodar, por onde passageiros poderão se conectar com os motoristas, passa por ajustes.

“Vamos definir pontos de embarque na cidade e levar para o prefeito aprovar. Não queremos começar a atender sem qualidade. Então, vamos acertar tudo o que falta, antes de ir para a rua”, afirmou.

O Consórcio Guaicurus foi à Justiça para tentar barrar o novo meio de transporte, alegando concorrência desleal. A defesa das empresas que operam as linhas de ônibus na Capital quer liminar para derrubar autorização dada pela Prefeitura de Campo Grande.

Mas, em despacho publicado nessa quarta-feira (17), o magistrado dá 48 horas para a administração municipal opinar sobre requerimento do consórcio. O prazo conta a partir da notificação, que ainda não foi feita.

As empresas do transporte coletivo também argumentam que a Prefeitura feriu o princípio constitucional da impessoalidade com a alteração de lei nº 6.294 de outubro de 2019 para ampliar o campo de atuação dos “vanzeiros”. “Quando o prefeito baixa uma lei que atende uma determinada categoria, nesse caso os ‘vanzeiros’ do transporte escolar, esse princípio está sendo desrespeitado”.