Brasil faz história com sexto lugar por equipes na ginástica masculina
O ginasta brasileiro Sérgio Sasaki. / Foto: EFE/EPA/How Hwee Young

Quando os atletas do Brasil pisaram na Arena Olímpica Rio, começavam a fazer história, independente do resultado, já que a equipe do país participaria nesta segunda-feira de sua primeira final na história dos Jogos. E terminou em uma honrosa sexta colocação, enquanto Japão, Rússia e China ficaram com ouro, prata e bronze, respectivamente.

Sob os olhares do casal 20 da modalidade, o americano Bart Conner e a romena Nadia Comaneci, o ouro ficou com o Japão, que arrancou no fim da passagem pelos seis aparelhos - argolas, solo, barra fixa, barra horizontal, cavalos com alças e salto -, alcançando 274.094 pontos e desbancando a Rússia, que liderou quase até a quarta e antepenúltima rotação.

Os ginastas do país do Leste Europeu chegaram aos 271.453 pontos, ficando com a prata. Na terceira colocação, fechando o pódio, ficou com a China, atual campeã olímpica, que passou quase toda a disputa como coadjuvante, arrancando no fim para alcançar o bronze, com 271.122 pontos.

Os brasileiros, que já haviam avançado no sexto lugar, chegaram a brigar pelo pódio nas primeiras rotações com Arthur Nory, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barreto e Sérgio Sasaki, mas na reta final acabaram perdendo posições, especialmente pelos desempenhos na barra fixa, solo e cavalo com alças.

A equipe da casa terminou a competição com 263.728, menos do que o obtido durante a classificatória, que foi 268.078. Além dos três integrantes do pódio, o Brasil ainda ficou atrás de Grã-Bretanha e Estados Unidos, e a frente de Alemanha e Ucrânia.

Na Arena Olímpica do Rio, o dia foi de alegria, de sofrimento e também de irritação nas arquibancadas, pelo que acontecia com os atletas. A festa foi grande pelo desempenho de Zanetti nas argolas, prova em que teve 15.556 pontos, superando inclusive o que havia feito na classificatória.

O exercício de Sasaki nas barras paralelas também foi outro que mereceu muita comemoração do público após o salto final no tablado, assim como a passagem de Diego Hypolito pelo solo, apesar de a passagem do paulista no aparelho não ter rendido a mesma nota de dois dias atrás.

O sofrimento veio com a queda de Sasaki no solo, logo no início da apresentação, que deixou o brasil ainda mais distante do sonho da medalha. Além disso, a condição física do atleta causou preocupação por um aparente problema em um dos joelhos.

A ira da torcida também envolveu Sasaki, por causa de nota considerada baixa pela torcida na barra fixa (14.566). A Arena Olímpica do Rio, quase que como um só voz, não perdoou a arbitragem e vaiou muito a arbitragem.

A participação do Brasil na ginástica masculina não acaba com a final do geral, já que Sasaki e Arthur Nory estarão na luta por medalhas no individual geral. O segundo ainda disputará a prova decisiva no solo, junto com Diego Hypolito.

Zanetti está garantido na final das argolas e é um dos principais favoritos para a conquista da medalha de ouro. Francisco Barreto, capitão da equipe brasileira, ainda tentará subir ao pódio na barra fixa.