Vítima foi brutalmente golpeada na cabeça com uma marreta e esfaqueada no pescoço. O crime, marcado pela frieza calculista dos executores, foi planejado para roubar o veículo do religioso, que seria vendido no Paraguai.
Um crime de brutalidade atroz chocou a comunidade de Dourados neste fim de semana. O padre Alexsandro da Silva Lima foi covardemente assassinado em um latrocínio (roubo seguido de morte) planejado com frieza por jovens que visavam apenas seu automóvel. A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul agiu com celeridade e prendeu cinco pessoas três adultos e dois adolescentes envolvidas na barbárie. O corpo do sacerdote foi encontrado descartado em um matagal, com sinais de uma violência extrema.
A investigação, digna de um quebra-cabeça macabro, teve início no sábado, após o alerta de desaparecimento dado pela Diocese de Dourados. A angústia aumentou quando a residência do padre, no bairro Vival dos Ipês, foi encontrada aberta e revirada, um cenário de desordem que já prenunciava o pior. A pista decisiva surgiu com a localização do celular da vítima, abandonado perto do IFMS.
No local, equipes do Setor de Investigações Gerais/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) foram informadas sobre a presença de um Jeep Renegade, o mesmo carro do padre. O veículo foi rapidamente localizado, ocupado por dois adultos e duas adolescentes. Pressionado, um dos homens confessou o crime, inicialmente tentando minimizar a brutalidade ao alegar uma "confusão" na casa.
Seu frágil álibi ruiu rapidamente. Enquanto a perícia encontrava vestígios de sangue e objetos do crime na residência, o suspeito, já na delegacia, delatou um comparsa de 17 anos. A dupla, então, levou os policiais ao capítulo mais sombrio da investigação: o local da ocultação do corpo.
Em uma cena de profundo desrespeito à vida humana, o padre Alexsandro foi encontrado enrolado em um tapete. A perícia constatou a ferocidade dos ataques: múltiplos e devastadores golpes de marreta na cabeça e uma facada profunda no pescoço. As armas do crime, uma faca ainda ensanguentada e a marreta, foram encontradas dentro do carro roubado, testemunhas silenciosas da crueldade.
A investigação desvendou a frieza calculista por trás da barbárie. O latrocínio foi meticulosamente planejado pela dupla principal com o objetivo fútil e ganancioso de roubar o carro para vendê-lo no Paraguai. Um dos assassinos planejava, ainda, ficar com o celular e ocupar a casa da vítima, demonstrando um total desprezo pela vida que acabara de ceifar.
Os outros três envolvidos, segundo a polícia, agiram com igual indiferença, auxiliando na tentativa de apagar os vestígios da violência, limpando a cena do crime e ajudando a transportar o corpo. Eles também aproveitaram para furtar objetos da residência, posteriormente recuperados.
Todos os cinco foram autuados em flagrante. Na manhã desta segunda-feira, os delegados Adilson Stiguivitis Lima e Lucas Albé Veppo detalharam, em coletiva de imprensa, a rápida elucidação do crime que expôs uma face chocante da violência e da banalização da vida humana.
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