Jackson Rodrigues, o “Nego Jackson”, usava documento falso quando foi preso com outros três bandidos; grupo é suspeito de ataque que matou funcionário de Pavão e uma douradense

Bandido mais procurado no RS está entre os presos em Pedro Juan
Jackson Rodrigues (de verde) apresentou identidade falsa. / Foto: Divulgação

Jackson Peixoto Rodrigues, o “Nego Jackson”, um dos bandidos mais procurados do Rio Grande do Sul, está entre os quatro pistoleiros presos ontem (12) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Apontado como o chefe do tráfico de drogas em Porto Alegre, Jackson apresentou documento falso no momento em que foi preso, mas com apoio de policiais gaúchos a Polícia Nacional do Paraguai descobriu sua verdadeira identidade.

O bandido gaúcho e os outros três brasileiros presos ontem são acusados pela execução de Pablo Jacques, 41, “homem forte” do narcotraficante Jarvis Gimenez Pavão.

Pablo e a namorada, a douradense Milena Soares Bandeira, 26, foram mortos a tiros de fuzil AK-47 e pistola 9 milímetros no dia 2 deste mês, em Assunção, capital paraguaia.

Ficha criminal – Ao jornal Zero Hora, o delegado Arthur Raldi, da Delegacia de Capturas do Rio Grande do Sul, disse que existem 11 mandados de prisão contra Nego Jackson no Brasil, por homicídio e tráfico de drogas.

O bandido também é apontado como um dos principais líderes da facção criminosa “Bala na Cara”, de Porto Alegre. Ele teria arregimentado facções menores para montar um dos maiores grupos criminosos da capital gaúcha, segundo o Zero Hora. A polícia gaúcha avalia a possibilidade de pedir a extradição de Jackson para o Brasil.

No Rio Grande do Sul, a facção "Bala na Cara" é rival do PCC (Primeiro Comando da Capital), que mantém ligações com Jarvis Gimenez Pavão.

Presos – Nego Jacskon e os outros três brasileiros estavam em uma casa no bairro Guarani, no cruzamento das ruas Brasil e Manuel Dominguez, do lado paraguaio.

Dezenas de policiais participaram da ação que resultou na prisão do bando. A ação foi comandada pelo chefe da repressão ao narcotráfico em Pedro Juan Caballero. Na casa foram encontradas armas e drogas.

Jackson usava documento falso em nome de Gabriel Ferreira dos Santos. Os outros três presos foram Leandro Lucas de Oliveira dos Santos, com seis mandados de prisão por tráfico e homicídio, Janderson Luiz Siqueira e Peterson Cacenote de Souza.

Dupla execução – Pablo e Milena, que cursava medicina no Paraguai, estavam em uma camionete Toyota Hilux quando foram atingidos por vários tiros em uma emboscada no meio da rua.

Os pistoleiros estavam em dois carros e dispararam pelo menos 30 tiros na caminhonete. A irmã de Milena sobreviveu porque estava no banco traseiro.