A informação é do Comitê Estadual Contra as Reformas, formado pelas centrais sindicais (Força Sindical, CUT, CSB, CTB, CGTB e UGT), sindicatos e federações.

Bancários, professores e outras categorias em MS param em greve geral nesta 6ª-feira
Membros do Comitê na coletiva de hoje.

Bancários, professores, movimentadores de mercadorias e eletricitários confirmaram paralisação integral em Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (30), dia nacional de greve geral em protesto às reformas previdenciária e trabalhista, que tramitam no Congresso Nacional.

Essas categorias e membros de outras categorias que farão paralisações parciais vão se reunir na Praça Ary Coelho a partir das 9h onde prometem fazer muito “barulho” com trio elétrico e manifestação pública para sensibilizar a opinião pública para os problemas que essas reformas representam negativamente para os trabalhadores. Às 14 horas eles chegam ao assentamento da Polícia Civil no Parque dos Poderes.

“Acreditamos que teremos a presença de muitos cidadãos e cidadãs que virão espontaneamente engrossar o movimento, pois a conscientização da gravidade das reformas está crescendo a cada dia. Teremos uma grande movimentação nesta sexta-feira, oportunidade em que reforçaremos também o anseio popular pelas diretas já”, afirma Élvio Vargas, um dos líderes do comitê.

José Lucas da Silva, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) afirmou que não tem como fazer estimativa de público nessa manifestação em Campo Grande porque é imprevisível. Ele lembrou que na última manifestação organizada pelo Comitê, na Capital, a expectativa era de reunir 20 mil pessoas e acabaram comparecendo em torno de 60 mil trabalhadores.

“O país está atravessando um momento de muita turbulência, com denúncias gravíssimas de corrupção e roubo de dinheiro público, envolvendo até o presidente da República. Contamos muito com um basta com tudo isso e que essas reformas sejam suspensas até que se resolva essas denúncias de crime”, argumenta José Lucas.

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, Roberto Botareli afirmou que ““A mobilização do dia 30 vai demonstrar a força, união e mobilização em defesa da Lei do Piso Salarial, reajuste salarial dos funcionários administrativos e contra todo tipo de retrocesso nos direitos dos(as) trabalhadores(as) como as reformas previdenciária e trabalhista”.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Edvaldo Franco Barros informou que a categoria se reuniu na quarta-feira à noite e aprovou em assembleia geral extraordinária, a paralisação geral nesta sexta-feira (30) em comunhão com outras categorias em todo o país. “Por maioria, os trabalhadores dos bancos aprovaram paralisar as atividades por 24 horas nas agências de Campo Grande e região”, afirmou.

A paralisação nacional neste dia 30 segue o mesmo ritmo da greve geral do dia 28 de abril – maior paralisação da história, em defesa dos direitos dos trabalhadores – e é uma forma de fortalecer a resistência contra as reformas trabalhista e previdenciária. As centrais, sindicatos e movimentos sociais estão em luta contra essas propostas que tramitam no Congresso Nacional que, se aprovadas, retirarão direitos dos trabalhadores do campo, da cidade e servidores públicos.