Dinheiro extra de R$ 1,41 bilhão equivale ao que cada prefeitura recebeu de transferência constitucional em 2019.
Além de prover sustento aos mais vulneráveis, o auxílio emergencial do Governo federal está movimentando a economia dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Entre abril e julho, foi injetado R$ 1,41 bilhão correspondente ao pagamento do beneficio a cerca de 600 mil pessoas.
Em abril, os pagamentos atingiram R$ 423,9 milhões, subiram para R$ 510,5 milhões em maio e caíram para R$ 305,3 milhões em junho. Em julho, de acordo com dados do Governo federal, o volume de pagamentos voltou a diminuir, alcançando R$ 170 milhões.
O montante de dinheiro extra nesse período equivale a um ano de repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para o Estado. Em 2019, os recursos do FPM atingiram R$ 1,35 bilhão, R$ 60 milhões a menos que o valor total do benefício emergencial.
O valor deve alcançar cifras maiores, uma vez que o Governo anunciou o pagamento da quinta parcela do benefício. A Caixa Econômica Federal informou que inicia os pagamentos do auxílio de R$ 600 no dia 28 de agosto para os beneficiários nascidos em janeiro.
Campo Grande lidera a lista dos municípios sul-mato-grossenses mais beneficiados pela ajuda federal para reduzir os efeitos da pandemia do novo coronavírus. A cidade recebeu R$ 436,1 milhões, o que corresponde a pouco mais de 30% do valor de R$ 1,41 bilhão que circulou no Estado entre abril e julho.
O montante, por exemplo, é superior ao que o município arrecadou em ISS (Imposto sobre Serviços) e ITBI (Imposto sobre a transmissão de bens imóveis) em 2019. Os dois impostos, juntos, arrecadaram R$ 409,9 milhões.
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