O duplo homicídio ocorreu no dia 16 de outubro de 2014 em Villa Ygatimí, departamento de Canindeyú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos, em Mato Grosso do Sul.

Assassino de jornalista da fronteira é condenado a 36 anos de prisão
Flavio Acosta Riveros, quando foi preso. / Foto: Arquivo

Levado a julgamento no Tribunal de Júri de Curitiba, no Paraná, nesta quinta-feira, dia 02 de dezembro, Flavio Acosta Riveros, foi condenado a 36 anos de prisão, pelo assassinato do jornalista Pablo Medina, de 53 anos, e Maribel Antonia Almada Chamorro, de 19 anos. O duplo homicídio ocorreu no dia 16 de outubro de 2014 em Villa Ygatimí, departamento de Canindeyú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos, em Mato Grosso do Sul.

Conforme o portal ABC Color a juíza responsável pelo julgamento, Mychelle Pacheco Cintra Stadler  decidiu proferir pena de 21 anos de prisão pelo homicídio de Medina e mais 15 anos pela execução de Almada. A defesa de Riveros, disse que vai tentar recorrer da decisão. Flavio Acosta já cumpre pena de 12 anos de prisão por ter agredido a sua ex-esposa, com  quem tem um filho.

Riveiros é sobrinho do político paraguaio Vilmar Acosta Marques, o Neneco, ex-prefeito de Ypehjú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos. Neneco é acusado de ser o mandante do assassinato de Pablo Medina.

Pablo Medina era repórter do jornal ABC Color, o mais ifluente do Paraguai, e publicava denúncias ligando Neneco ao tráfico internacional de drogas. Na época do crime, o acusado era prefeito de Ypehjú. O motorista de Neneco, Arnaldo Cabrera, foi condenado a cinco anos de prisão por participação no duplo homicídio.

Entre as pessoas ouvidas duramente o julgamento, que não tem previsão de quando vai acabar, estava o irmão de Pablo Medina, Gaspar Medina Velázquez. Segundo ele, o jornalista sabia do risco que corria, já que sofria constantes ameaças e estava com medo.