Agentes do do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) fizeram varreduras em 16 locais diferentes nesta terça-feira (31).

Araçatuba: PM encontra 93 explosivos deixados por criminosos que atacaram bancos

Policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar (PM) encontraram, nesta terça-feira (31), 93 artefatos explosivos deixados pelo grupo que atacou bancos na cidade de Araçatuba, no interior do estado, na véspera.

Depois de atuarem em 16 locais diferentes, os agentes do Gate encontraram 32 artefatos explosivos em via pública, 29 em um caminhão deixado pelo grupo perto das agências bancárias, 13 dentro da agência do Banco do Brasil atacada na cidade e mais 19 em veículos abandonados na cidade de Bilac, a cerca de 20 quilômetros de Araçatuba.

Ainda de acordo com a PM, foram encontrados no caminhão abandonado pelo grupo 70 cartuchos de emulsão, que poderiam ser usados para a produção de mais bombas. Por conta da ação dos policiais, a maior parte do comércio na cidade ficou fechado nesta terça-feira (31).

O ataque em Araçatuba
A cidade de Araçatuba viveu momentos de terror na madrugada de segunda-feira (30) com o assalto a três agências bancárias por, pelo menos, 20 homens fortemente armados que invadiram o município.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que, durante a fuga, o grupo fez uso de reféns como “escudo humano” nos carros em movimento.

De acordo com informações da Polícia Militar (PM), três pessoas morreram – duas seriam moradoras da cidade e uma suspeita de integrar o grupo –, três ficaram feridas e duas foram presas.

Crime conhecido como novo cangaço
A ação de quadrilhas especializadas em grandes assaltos, como o de Araçatuba, é conhecida nos meios policiais como “novo cangaço”. O termo faz referência aos bandos itinerantes que atacavam quartéis e roubavam instituições financeiras em pequenas cidades do sertão nordestino, no século 19.

Os criminosos nos dias atuais envolvem grupos de 20 a 40 bandidos fortemente armados. Quase sempre os alvos estão em cidades pequenas, com efetivo policial reduzido. As ações são planejadas e, dependendo do alvo, as quadrilhas usam armas de guerra, como metralhadora calibre .50, e recursos tecnológicos, como o drone usado em Jarinu.

De acordo com a polícia, as ações são planejadas e quase sempre envolvem facções criminosas. Desde o ano passado, ataques semelhantes foram registrados em outras cidades paulistas, como Mococa (abril de 2021), Araraquara (novembro de 2020) e Botucatu (julho de 2020).