Era manhã do dia 8 de agosto, uma segunda-feira, e Valdete havia se levantado antes da filha, Lidiane e da netinha de 7 anos.

Após quase um mês em tratamento para queimaduras graves, Valdete Maria da Silva, de 67 anos, morreu na noite deste domingo (4), na Santa Casa de Campo Grande. Ela estava na casa da filha, no Bairro Aero Rancho, quando se acidentou com um fogareiro que era aceso por etanol.
Era manhã do dia 8 de agosto, uma segunda-feira, e Valdete havia se levantado antes da filha, Lidiane e da netinha de 7 anos. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, porque a idosa estava em coma desde o acidente, mas a vítima sofreu queimaduras em 46% do corpo, da cintura para cima, chegando a ter ferimentos de 2º grau.
“Minha ex-nora acordou com a mãe gritando. O que a gente sabe é que o galão de etanol explodiu. Ela foi socorrida por um vizinho rapidamente. Apagaram o fogo também bem rápido, sem nem precisar da ajuda do Corpo de Bombeiros”, narra Janete da Conceição Silva Vasconcelos, 63, nomeada para falar pela família. Ela é avó paterna da neta de Valdete.
A idosa foi levada para o Hospital Regional e depois, transferida para a Sana Casa de Campo Grande. Em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) teve uma infecção pulmonar, que evoluiu para um choque séptico e parada cardíaca na noite de ontem.
Alerta – Janete, que é assistente social aposentada, aproveita a situação para alertar sobre o perigo do uso do etanol dentro de casa. Ela conta que a nora, desempregada e passando por dificuldades financeiras, precisou vender eletrodomésticos e o botijão de gás numa emergência. Há algum tempo, usava um fogareiro a álcool para cozinhar, enquanto a ex-sogra estava em busca de um fogão doado.
“Estamos em um período de vulnerabilidade econômica muito grande. Tenho visto situações muito parecidas com essa. Mas, é preciso conscientizar as pessoas, porque o etanol é muito perigoso. Não vale a pena”, afirma.
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