Dos 20 postos de combustíveis percorridos pelo Correio do Estado, sete reduziram o valor da gasolina em R$ 0,29 e oito diminuíram o preço do diesel em R$ 0,39

Após duas semanas, valor da gasolina e diesel não cai conforme o esperado
Após duas semanas, valor da gasolina e diesel não cai conforme o esperado. / Foto: MARCELO VICTOR

Pesquisa realizada pelo Correio do Estado, em 20 postos de combustíveis de Campo Grande, aponta que, na maioria dos locais, o preço caiu, mas não houve a redução esperada de R$ 0,29 no litro da gasolina e de R$ 0,39 no litro do diesel.

A Petrobras anunciou, em 16 de maio de 2023, queda de R$ 0,40 no litro da gasolina e de R$ 0,44 por litro do óleo diesel.

Com isso, a previsão do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de MS (Sinpetro-MS) era de que o preço do litro da gasolina caísse R$ 0,29 e o diesel R$ 0,39. Mas, não foi o que aconteceu.

Em Campo Grande, a gasolina reduziu no máximo R$ 0,32 e o diesel R$ 0,81. Dos 20 postos percorridos, sete reduziram o valor da gasolina em R$ 0,29 e oito diminuíram o preço do diesel em R$ 0,39.

Na Capital, o preço do litro da gasolina varia de R$ 4,75 a R$ 4,99 e diesel de R$ 5,09 a R$ 5,69.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o presidente do Sinpetro-MS, Edson Lazarotto, afirmou que a concorrência é livre e cabe ao proprietário baixar ou não o preço.

“O proprietário pode colocar o preço que quiser, tanto para mais, quanto para menos. Isso depende da distribuidora, do revendedor e de cada bandeira. Não tem multa para quem colocar preços muito altos. A concorrência é livre”, finalizou.

REDUÇÃO
Petrobras anunciou, em 16 de maio, a nova política de preços da estatal e o fim da paridade de importação (PPI).

O novo modelo deixa de considerar o custo de importação e mira a busca por clientes e o custo de oportunidade de venda dos produtos.

A Petrobras não deixará de acompanhar as cotações internacionais do petróleo e seus derivados e diz que os reajustes continuarão sem periodicidade definida, "evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".

Lazarotto também vê como positiva a mudança da política de preços e a redução feita pela Petrobras.

“Sempre é bom quando há uma queda de preços. É bom para a distribuidora, para os postos e para o consumidor final. Quem não quer pagar menos, né?” disse o presidente do Sinpetro-MS.

AUMENTO
Após queda no preço nas últimas duas semanas, o litro da gasolina voltará a subir a partir desta quinta-feira (1º), com aumento de R$ 0,30 para o consumidor sul-mato-grossense.

O aumento é decorrente da mudança no modelo de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que será unificado em todos os estados brasileiros.

Conforme publicado pelo Correio do Estado no dia 22 de maio, MS tem até o momento uma alíquota de ICMS de 17%, sendo esta uma das menores bases de cálculo (pauta fiscal) do País, cobrando em média R$ 0,92 de ICMS por litro de combustível vendido.

Com a mudança adotada por todos os estados, Mato Grosso do Sul passará a cobrar R$ 1,22 de ICMS por litro do combustível. A medida já está prevista em decreto publicado no Diário Oficial do dia 12 de maio, regulamentando a reorganização tributária do ICMS monofásico no Estado.