Será a segunda queda na gasolina, que chegou a ultrapassar os R$ 7,00 no Estado.

Após decisão do STF, litro da gasolina deve cair até R$ 0,24 já neste final de semana em MS
Será a segunda queda na gasolina, que chegou a ultrapassar os R$ 7,00 no Estado. / Foto: Imagem ilustrativa / Arquivo/Midiamax

O litro da gasolina deve ter redução de até R$ 0,24 já neste final de semana em postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul. A queda no valor ocorre por conta da determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), André Mendonça, que congela o PMPF (Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final).

Vale lembrar que o Estado arrecada cerca de 30% do preço médio da gasolina, antes fixado em R$ 5,64, através do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o que correspondia a R$ 1,6930 em imposto por litro de gasolina. Com a decisão, acatada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o preço médio passa a ser de R$ 4,6974, reduzindo a arrecadação do tributo estadual para R$ 1,4092.

De acordo com o Diretor-executivo do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de MS), Edson Lazarotto, a decisão afetará apenas o valor da gasolina, que deve apresentar de queda de R$ 0,20 a R$ 0,24 na bomba a partir deste sábado (2). “A partir de amanhã [sábado] alguns postos já devem estar com o novo valor, mas na segunda todos devem estar normalizados com a redução”, disse.

Decisão do STF reduz valor da gasolina em todo o Estado
Atualmente, a pauta fiscal do botijão de gás no MS é de R$ 5,6770 por quilo ou R$ 73,80 para botijão de 13 kg, e a alíquota de ICMS cobrada é de 12%. A última amostra nacional de preços do produto (abril de 2022) indica que, em média, no Brasil, o preço final é de R$ 113. Do valor, o ICMS representaria R$ 13,69 e a realização do produtor seria de R$ 56,25. No Estado, o ICMS é o menor do Brasil, segundo a Sefaz-MS (Secretaria de Estado de Fazenda) e custa R$ 8,856. A margem bruta de distribuição é de R$ 15,18 e a de revenda R$ 27,87. Os impostos federais estão zerados.

Já a gasolina, que chegou a ultrapassar o preço de R$ 7 para comercialização nos postos de Mato Grosso do Sul, tinha como referência para cálculo do ICMS o preço de R$ 5,64 e alíquota de ICMS de 30%, o que correspondia a R$ 1,6930 em ICMS por litro de gasolina. Com base nos preços praticados nos últimos 60 meses, a redução do PMPF passa a R$ 4,6974, reduzindo a arrecadação do tributo estadual para R$ 1,4092.

O convênio que traz as alterações foi publicado no Diário Oficial da União, edição extra, de 30 de junho de 2022, por meio do Despacho nº 36, do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

Mesmo enquanto discute a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF, Mato Grosso do Sul e os demais estados que contestam a medida, além do Distrito Federal, foram obrigados a fazer a atualização da média móvel dos preços médios da gasolina e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) praticados ao consumidor final, com base nos 60 meses anteriores à sua fixação.

Sem redução, preço do gás de cozinha deve congelar
O gás de cozinha comum, também conhecido como GLP, é o principal combustível de uso doméstico, utilizado principalmente nos fogões residenciais, com o botijão de 13 kg. A Lei 9.478/97 tornou aberto o mercado de combustíveis no país e retirou o monopólio exercido pela Petrobras no setor, permitindo que, desde 2002, o preço do GLP fosse definido pelo próprio mercado. Atualmente, o produto é regulamentado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo).

A decisão judicial tem caráter cautelar no âmbito da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) nº 7164 no STF. Conforme a publicação, o convênio entra em vigor na data de publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos de 1º de julho a 30 de setembro de 2022, ou até que sobrevenha eventual modificação da decisão na supracitada ADI ou novo comando decisório pelo Supremo.