Segundo Asumas, Ceará registrou 115 casos de peste suína clássica no início de outubro.

Após casos de peste suína no nordeste do país, entidade alerta suinocultores de MS para cuidado com sanidade do rebanho
Asumas e PNEFA estão alertando suinocultores do estado a redobrarem os cuidados sanitários com o rebanho. / Foto: Reprodução/TV Morena

Mato Grosso do Sul tem o sétimo maior rebanho suíno do país, com 1,3 milhão de cabeças, segundo o Censo Agro 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção de suínos é uma das principais atividades pecuárias do estado, sendo responsável por uma renda , de acordo com o Valor Bruto da Produção (VBP), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) de R$ 598,825 milhões em 2018.

Diante da importância da atividade para o agronegócio e para a própria economia do estado, a Associação Sul-matogrossense de Suinocultores (Asumas) e o Comitê Gestor do Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa (PNEFA) estão alertando os produtores sul-mato-grossenses a redobrarem os cuidados com as questões sanitárias do rebanho, em razão do registro de 115 casos de peste suína clássica, no estado do Ceará, no início deste mês de outubro e também de informações da ocorrência de peste suína africana na Europa, Ásia, África e Rússia.

“Estamos com o trabalho de sensibilizar os suinocultores. Precisamos alertá-los quanto às restrições de visitas às granjas, quanto a circulação de veículos e, no caso de viagem para o exterior, recomendamos o prazo de três a quatro dias após o retorno, para se ter acesso às fazendas. Evitar ao máximo o risco de entrada de agentes que possam contaminar os animais, seja com a peste suína clássica, africana, ou qualquer outra doença”, alerta o presidente da Asumas, Celso Philippi Júnior.

A iniciativa da sensibilização vem de encontro com o projeto já proposto pelo PNEFA, que busca tornar Mato Grosso do Sul reconhecido oficialmente como livre de febre aftosa, sem vacinação, no prazo de até 2023. “Desde 2005, quando tivemos o último registro de aftosa, trabalhamos intensamente em parceria com outras entidades e com o governo de Mato Grosso do Sul, para o controle sanitário da nossa produção. Estamos otimistas de que nos manteremos como referência em biossegurança, e com isso, trabalharemos sob a possibilidade de abrirmos novos mercados”, completa o presidente.

Peste Suína
 
A peste suína africana é uma doença viral, não oferece risco à saúde humana, não sendo transmitida ao homem, mas altamente infecciosa aos animais. Javalis também podem ser atingidos e não existem vacinas.
A transmissão nos suínos e javalis se dá por meio do contato direto com animais doentes, consumo de resíduos domésticos e comerciais infectados, pela contaminação em equipamentos, veículos, roupas e sapatos. O carrapato G. Ornithodoros pode disseminar a peste suína.