Apaixonados por Barbies: Um dos maiores colecionadores do Brasil
Carlos Keffer e uma “pequena” amostra do acervo de 1.500 Barbies. / Foto: Gabriel Quintão

Quem entra no apartamento do paulistano Carlos Keffer parece ter caído direto num museu da Barbie ou algo do tipo. Prateleiras e mais prateleiras com proteção de vidro dispostas na sala e em outro cômodo exclusivo não conseguem acomodar mais as 1.500 bonecas do acervo, número que o coloca entre os maiores colecionadores do país. O carinho, zelo e organização dele são dignos de quem já gastou mais de R$ 700 mil adquirindo Barbies. A peça que deu o start na coleção foi a Barbie My Fair Lady, que é a perfeita caracterização da personagem Eliza Doolittle vivida por Audrey Hepburn no filme de 1964.

A relação de Carlos com a Barbie vem desde a infância, mas que se restringia em apenas admirá-las no quarto da irmã. Formado em psicologia, ele trabalhou durante anos com vendas até que sua vida mudou literalmente por “culpa” da boneca. Depois de organizar várias convenções de colecionadores, Keffer abriu uma produtora para realizar eventos e exposições que viajam o país inteiro mostrando a evolução e a diversidade da Barbie através das décadas. Hoje ele trabalha em parceria com a Mattel, fabricante mundial do brinquedo, e se diz realizado. “É um sonho poder trabalhar com o que amo e um sonho maior ainda poder trabalhar com a Barbie”.

É impossível observar as vitrines recheadas de bonecas e não soltar nenhum suspiro ou alguma onomatopeia que remeta à fofura ou a alguma lembrança remota da infância. Mais do que isso, foi uma chance de revisitar grandes momentos da história do cinema, moda, costumes e comportamento retratados por uma boneca que atravessou 56 anos no tempo sendo a mais famosa e vendida no mundo até hoje. “A Barbie acompanhou e evoluiu com a mulher ao longo de todos esses anos e, mesmo assim, ela continua sendo a possibilidade de viver a fantasia”, explica Keffer.

Um dos destaque do acervo pela beleza e riqueza de detalhes é a Barbie Maria Antonieta, que custa atualmente cerca de R$2.500. E a primeira Barbie de todas, lançada em 1959 e que custava a bagatela de US$ 3? É claro que o Carlos tem! Só que hoje a peça tem status de relíquia e vale pouco mais de algumas dezenas de milhares de reais. Daí, você deve estar se perguntando, “mas existe alguma boneca que ele não tenha ainda?”. Sim, caro leitor. “O meu desejo é a Barbie Lagerfeld (criada pela estilista da Chanel, Karl Lagerfeld). Mas ela se esgotou em apenas 4 minutos de venda”, revela.