O ‘xará’ e companheiro de trabalho em uma borracharia prestou depoimento aos policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) no mesmo dia em que o corpo de Douglas Novaes foi identificado por familiares.

Douglas Novaes Rocha, 27 anos foi a casa de Douglas Silva, 36 anos, na noite de domingo (13) passado, possívelmente a última pessoa com quem a vítima teve contato antes de ser morta a facadas e ter o corpo desovado em estrada vicinal no início da madrugada de segunda-feira (14).
O ‘xará’ e companheiro de trabalho em uma borracharia prestou depoimento aos policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) no mesmo dia em que o corpo de Douglas Novaes foi identificado por familiares.
O relato traz detalhes sobre as últimas horas vividas pela vítima e também sobre o conturbado relacionamento do amigo com Mayra Lima Luna, de 22 anos, presa preventivamente suspeita de envolvimento no assassinato do próprio marido com quem tem três filhos: um de oito anos, outro de seis e o mais novo com dois anos de idade.
Mayra teria contado com a ajuda do amante, Bruno José Feliciano, 22, que está foragido da Justiça desde o início da semana, também na condição de suspeito de participação no homicídio e apontado por ela como o autor das nove facadas que ceifaram a vida o borracheiro.
Noite de domingo
Silva contou aos policiais que Douglas Novaes chegou em sua residência no domingo (13), por volta das 21h, já aparentando estar embriagado e com uma caixa de cervejas com 12 latas.
Eles permaneceram bebendo e conversando até 00h10 de segunda-feira (14), quando Douglas Novaes recebeu uma ligação de Mayra. Segundo o relato da testemunha, nervosa, a mulher teria exigido que o marido voltasse para casa. A vítima deixou a residência do amigo, sendo este o último contato entre os dois.
O companheiro de trabalho recordou ainda que no dia 3 de fevereiro de 2022, Douglas Novaes havia lhe contado que descobriu o relacionamento extraconjugal da esposa, permanecendo emocionalmente abalado a partir desta data.
A vítima teria encontrado conversas no celular que comprovaria o envolvimento amoroso com o suspeito, Bruno José Feliciano.
Interrogatório de Mayra
Mayra Lima Luna, 22, em depoimento prestado à polícia após ser presa em flagrante delito pelo homicídio, relatou ter sido vítima de abusos físicos por parte do marido em duas oportunidades.
Ela disse que foi agredida com a “porta do quarto” no final do ano passado e posteriormente atingida por um balde arremessado por Douglas Novaes Rocha.
O relacionamento amoroso com Bruno era mantido há meses, já que ela disse aos policiais que contava para o amente os supostos abusos que sofria. Ela afirma ainda que o amante havia convencido a planejar a morte do marido.
Sobre a madrugada em que aconteceu o assassinato, Mayra detalhou que a vítima havia chegado em casa às 00h20 de segunda-feira (14). Após uma discussão entre os dois, Douglas Novaes dormiu no sofá, momento em que a mulher teria ligado para o amante para informar que “havia uma oportunidade de matar Douglas”.
Já na casa, Bruno teria desferido as facadas enquanto Mayra permaneceu no quarto com o filho de dois anos. Os dois filhos mais velhos, de oito e seis anos de idade, estavam na casa dos avós naquele domingo, deixando a situação ainda mais propícia para execução do plano.
Ainda de acordo com fala de Mayra, foi Bruno quem desovou o corpo de Douglas em estrada de terra, usando o próprio carro do casal, um Fiat Pálio.
Douglas Novaes Rocha foi encontrado perto de uma mina de água por populares que passavam pelo local nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (14).
Após às 6h30 deste mesmo dia, Mayra havia saído de casa para perguntar a familiares sobre o paradeiro do marido no intuito de criar uma “estória de cobertura” e dissimular uma provável investigação, segundo detalhes colhidos pelo Dourados News nos autos do processo judicial.
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