De acordo com a análise feita pelo IBGE, a proporção de pessoas analfabetas se eleva dependendo da idade do grupo.

Dados divulgados na sexta-feira (22/3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a taxa de analfabetismo diminuiu em Mato Grosso do Sul, porém, ainda continua alta entre idosos, pretos e pardos.
Os números fazem parte da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), com a temática da Educação e traz informações sobre as características básicas de educação para as pessoas acima de cinco anos de idade.
Conforme o levantamento realizado, no Mato Grosso do Sul havia 86 mil pessoas com 15 anos ou mais analfabetas em 2023, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 3,9% [contra 4% no ano anterior], colocando o Estado com a 7ª menor do país.
A mais baixa é do Distrito Federal, com 1,7% e Alagoas aparece como a maior (14,2%).
De acordo com a análise feita pelo IBGE, a proporção de pessoas analfabetas se eleva dependendo da idade do grupo.
“Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em 2023, eram 50 mil analfabetos com 60 anos ou mais em MS, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 13,7% para esse grupo etário. Ao incluir, gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se queda no analfabetismo: para 7,2% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 4,7% entre aquelas com 25 anos ou mais e 3,9% entre a população de 15 anos ou mais. Esses resultados indicam que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças. Por outro lado, os analfabetos continuam concentrados entre os mais velhos”, diz a publicação.
Já quando a análise acontece por cor ou raça, a diferença entre pessoas brancas e pretas ou pardas quem não sabem ler ou escrever é quase o dobro.
“Em 2023, 2,7% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 5,0% entre pessoas de cor preta ou parda”, retrata o Instituto em relação aos dados de Mato Grosso do Sul.
No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcançou 8,5% e, entre as pessoas pretas ou pardas, chegou a 19,0%.
Neste grupo etário, comparando-se os dados de 2023 com 2022, nota-se uma queda de 1,1 p.p. para as pessoas pretas e pardas.
PNAD Educação
A PNAD Contínua Educação retrata, desde 2016, o panorama educacional da população do Brasil, com indicadores sobre analfabetismo; nível de instrução e número médio de anos de estudo; taxa de escolarização; taxa ajustada de frequência escolar líquida; motivo da não frequência à escola ou creche das crianças até 3 anos; abandono escolar das pessoas de 14 a 29 anos; condição de estudo e situação na ocupação das pessoas de 15 a 29 anos, entre outras abordagens.
Essa é a segunda divulgação do módulo após a pandemia. Devido à redução na taxa de aproveitamento da amostra, causada pela mudança na forma de coleta implementada emergencialmente durante o período de distanciamento social, o tema foi suspenso em 2020 e 2021.
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