Há mais de 15 anos parte da Avenida Ernesto Geisel, próximo ao Guanandizão, está desmoronando.
Após mais de 15 anos de problemas com a erosão na Avenida Ernesto Geisel, no trecho que fica próximo ao Ginásio Avelino dos Reis, o Guanandizão, o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Domingos Sahib Neto, relata que ainda não há uma definição a respeito da recuperação do local.
O secretário disse ao Correio do Estado que o projeto para a solução do problema está em análise. A Prefeitura de Campo Grande também foi procurada pela reportagem, mas não respondeu a respeito da situação da cratera próxima ao Guanandizão, que é um problema para os moradores da região desde 2009.
Em nota, a prefeitura afirmou que “a obra na [Avenida] Ernesto Geisel, que compreende trecho da Rua da Abolição e da Rua do Aquário, na margem direita do córrego, teve conclusão de 100%. A nova licitação compreende a margem esquerda entre as ruas Bom Sucesso e Abolição. O projeto licitado compreende também uma estrutura de contenção sob a ponte onde há erosão, na altura da Rua Aquário”.
A licitação à qual a nota da prefeitura se refere foi aberta nesta segunda-feira e visa contratação de empresa para realizar obras de controle de inundações e processos erosivos no Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel. O valor máximo previsto é de R$ 19.716.493,54.
Conforme a nota da prefeitura, as intervenções serão feitas entre as ruas Bom Sucesso e Abolição e um reforço da fundação da ponte na Rua Aquário também está no pacote.
Entre as ações previstas na licitação estão a conclusão da contenção, a recuperação e adequação da seção hidráulica do rio, a estabilização das margens e a recuperação do pavimento.
Moradores da região relatam que se sentem esquecidos pelo Poder Executivo, tendo em vista há quantos anos existe a cratera próxima ao Guanandizão.
Rafael Santos mora perto do ginásio há cinco anos e relata que já aconteceram acidentes no local, inclusive de pessoas que caíram na cratera.
“Aqui tem a questão da segurança também, [à noite] fica uma escuridão aqui, me dá um medo de passar. Tem uns buracos ali, perto de um bueiro, que esses dias eu estava passando de bicicleta e tinha um buraco gigante e quase caí”, relata o jovem.
As pessoas em situação de rua, que utilizam os barrancos como moradia em diversos trechos da avenida, também são uma preocupação para quem reside na região. Caio Henrique Souza vive no bairro há 17 anos e acredita essas pessoas devem ser realocadas em um lugar com melhores condições.
O motorista de ônibus Norival Silva, além de frequentar o ginásio, se preocupa com as chances de um grave acidente no local, em razão da falta de manutenção da via.
“Está muito complicado aqui de manhã. No horário de pico, à noite principalmente, é mais perigoso, propício a qualquer hora acontecer um acidente grave. Eu não sei o que falta para eles virem fazer a obra”, disse Norival Silva.
Em novembro do ano passado, o então titular da Sisep Rudi Fioresi relatou ao Correio do Estado que a estimativa de custo para a obra na Avenida Ernesto Geisel, entre a Rua do Aquário e a Avenida Manoel da Costa Lima, local que abrange a cratera próximo ao Guanandizão, seria de R$ 70 milhões e que a prefeitura não tinha recursos para a realização dos reparos











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