Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado

Agressores de mulheres podem ser impedidos de assumir cargos no poder público
Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado / Foto: Violência contra a mulher - Imagem Ilustrativa. (Arquivo, Midiamax)

A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que proíbe o Estado de nomear para cargo público pessoas nomeadas por agredirem mulheres. Empresários também não poderão participar de licitação caso PL vire lei no Brasil.

Para tal, a pessoa precisa de condenação em caráter definitivo por crime de violência doméstica e familiar contra a mulher. Assim, o condenado não poderá participar de licitações ou assinar contratos com a administração pública por até cinco anos.

Entretanto, este prazo dependerá da gravidade do crime cometido. A proposta teve aprovação conforme recomendação da relatora, deputada Delegada Ione (Avante-MG).

Ela apresentou um substitutivo ao PL 7614/14, do deputado Valmir Assunção (PT-BA), que insere as medidas na Lei Maria da Penha, em vez de criar uma lei autônoma.

“Se queremos um Estado íntegro e respeitador da moralidade, não podemos admitir que pessoas responsáveis por crimes que afrontam um bem jurídico tão relevante mantenham relações funcionais ou contratuais com o Estado”, disse Ione.

O projeto vai para análise, em caráter conclusivo, pelas comissões de Saúde, de Finanças e Tributação, e CCJ (Constituição e Justiça e de Cidadania). Para virar lei, a proposta precisa da aprovação da Câmara e do Senado.