Vereador afirma que aguarda manifestação oficial da agência

O vereador Maicon Nogueira (PP) afirmou nesta manhã (2) que a Agetran (Agência Municipal de Trânsito de Campo Grande) estaria intencionada a barrar a coleta presencial de assinaturas nos terminais à petição pública pela intervenção ao Consórcio Guaicurus, detentora da concessão do transporte coletivo da Capital. O serviço prestado pelo grupo bilionário foi alvo de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara de Vereadores.
De acordo com o parlamentar, um técnico da agência o procurou para afirmar que a coleta presencial nos terminais seria impedida. Maicon agora aguarda a manifestação oficial da pasta.
“Eu tô esperando a resposta formal da Agetran. Ouvi dizer que não vão liberar. Eu tô pagando pra ver”, disse o parlamentar, que mencionou a intenção de exercer manifestações com cartazes, faixas e panfletagens.
O protesto, se ocorrer, vai mirar o direito de coletar as assinaturas à petição e conscientizar a população sobre a precariedade do serviço do transporte público.
“Por que eu não vou poder fazer um protesto pacífico, avisado, com data e horário, colocando o nome das pessoas que estarão lá? Ninguém vai fazer nada de maneira violenta. Não é o meu perfil. E eu ouvi dizer que eles vão tentar proibir”, destacou o vereador.
Nesta quinta-feira, às 17h, deve ocorrer mais uma mobilização no terminal central, na Praça Ary Coelho. A petição é virtual, mas as coletas presenciais estão dando a oportunidade dos usuários do transporte coletivo participarem. Até às 11h17, o portal de coletas on-line já acumulava 7.459 assinaturas pela intervenção ao contrato.
Petição pelo fim do contrato com Consórcio Guaicurus já está disponível; saiba como assinar
A petição foi lançada no dia 22 de setembro. Para participar, basta acessar o link e preencher nome, telefone e CPF, e confirmar. Podem participar tanto usuários quanto cidadãos que desejam que o contrato bilionário de concessão do transporte coletivo entre a Prefeitura de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus seja apurado.
Em tese, a intervenção vai garantir que a administração estabeleça um interventor que avalie se há cumprimento correto das cláusulas contratuais, se o grupo está em dia com os acordos firmados, podendo inclusive resultar na rescisão do contrato.
A CPI do Transporte Coletivo teve como principal alvo os empresários e dirigentes do Consórcio Guaicurus. Isso porque a empresa, apesar de lucrar com o serviço, segue impondo ao campo-grandense uma rotina de frota sucateada, linhas fantasmas, atrasos, superlotação e ausência de segurança aos usuários.
Foram centenas de denúncias registradas ao longo do processo de investigação na Câmara. O relatório final impôs o pedido de indiciamento dos diretores e ex-diretores, além do quadro societário do grupo empresarial, e também de servidores e ex-servidores das agências de regulação e trânsito de Campo Grande.
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