A menina relatou que desferiu os golpes após encontrar Antônio agredindo e enforcando a própria esposa.

Adolescente matou tio para defender mulher que estava sendo enforcada
Caso ocorreu na sexta-feira e outras pessoas foram encaminhadas à delegacia para prestarem depoimento. / Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News

A Polícia Civil elucidou o crime de homicídio ocorrido na sexta-feira passada (29/7) na Aldeia Jaguapiru, Reserva Indígena de Dourados. As investigações confirmam que adolescente de 15 anos de idade é a autora das três facadas atingiram o tio, Antônio Lescano, de 37 anos.

A menina relatou que desferiu os golpes após encontrar Antônio agredindo e enforcando a própria esposa. 

O comportamento agressivo foi confirmado pelos depoimentos de testemunhas, segundo Erasmo Cubas, delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), durante entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (1/8) ao Dourados News. 

“A adolescente narrou que ela cometeu o crime para defender a esposa do tio que estaria agredindo e enforcando ela no momento do fato. O Antônio foi para cima da menina que já estava com a faca de serra preparada, pois sabia que também seria agredida”, detalhou o delegado responsável pelas investigações.

Na sexta-feira (29/7), oito pessoas foram levadas para delegacia de prestaram depoimentos, pois todas estavam na mesma casa consumindo bebida alcoólica no momento em que aconteceu a briga. 

As investigações apontam ainda que a adolescente já tinha desavenças com a vítima justamente pelo histórico de violência doméstica. 

Depois de desferir as três facadas, duas no tórax e uma no pescoço, a adolescente se abrigou em uma casa e depois foi para outra residência, onde foi apreendida pela polícia.

Cubas disse também que a narrativa apresentada pela adolescente vai ao encontro dos depoimentos que descrevem Antônio com uma pessoa agressiva, principalmente com a esposa. 

A adolescente de 15 anos foi apreendida e vai responder, a princípio, pelo infracional análogo ao crime de homicídio simples. Questões relacionadas a agravantes e justificativas serão analisadas pelo Ministério Público e Poder Judiciário.