Em Mato Grosso do Sul, o feminicida trabalhava como cavador de fossa e usava o nome falso de Gilmar Soares Captu, ou Gilmar Neguio.

Acusado de matar mulher com 11 facadas no PR, líder de sem terras é preso

Acusado de matar Maria Aparecida de Oliveira, de 36 anos, com 11 facadas em Umuarama (PR), foi preso em Mato Grosso do Sul nesta semana, 19 anos depois do crime, que ocorreu no dia 9 de julho de 2002. Depois de fugir da cidade, o homem mudou de nome, casou e criou vínculos com movimento sem terra na cidade de Itaquira. Ele só foi descoberto em MS após bater na atual esposa.

Em Itaquiraí, o feminicída trabalhava como cavador de fossa e usava o nome falso de Gilmar Soares Captu, ou Gilmar Neguio. O verdadeiro nome é Gilmar Marques dos Reis. Em Mato Grosso do Sul, ele virou líder social de movimentos sem terra e andava em meio a políticos da cidade.

Na última sexta-feira, 3 de setembro, a atual esposa de Gilmar, uma mulher de 45 anos, registrou um boletim de violência doméstica e pediu medida protetiva de urgência, sendo deferida pela Justiça. Então, um oficial e policiais foram até a casa, alertando que o homem deveria deixar a residência por causa da medida. Gilmar aceitou no momento e saiu.

No entanto, quando os policiais saíram do local, ele voltou na casa, momento em que a mulher correu e pediu socorro a uma vizinha. Em fúria, o homem então colocou fogo na residência. A vítima então voltou a procurar a polícia e informou que ele estava armado com um revólver.

Após diligências, Gilmar acabou preso e, sem documentos de identidade, a polícia desconfiou. Ao colher as impressões digitais, sabendo que seria descoberto, o homem assumiu que usava nome falso e estava foragido.

Crime em Umuarama - O crime ocorreu no dia 9 de julho de 2002, em Umuarama (PR). Momentos antes de ser assassinada com 11 facadas, Maria Aparecida teria procurado a Polícia Civil da cidade para denunciar que era agredida constantemente por Gilmar. O homem se encontra à disposição da Justiça paranaense.