Experiência envolveu 30 estudantes do 4º e 6º semestre e proporcionou imersão nos núcleos de perícia criminal em Campo Grande.
Entre o som dos equipamentos, o brilho dos microscópios e a curiosidade de quem aprende observando, os acadêmicos de Direito da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) viveram uma manhã diferente nesta quinta-feira (6). Trinta estudantes dos 4º e 6º semestres visitaram o prédio do IC (Instituto de Criminalística) da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, para conhecer de perto o trabalho que transforma ciência em Justiça na busca pela verdade.
Acompanhados por peritos criminais, peritos papiloscopistas e agentes de polícia científica, os alunos percorreram setores do IC, passando pelos Núcleos de Documentoscopia, Perícias Externas, Computação Forense, Perícias Audiovisuais, Perícias Residuais, Engenharia Legal e Perícias Ambientais e Balística Forense. Durante o percurso, puderam observar como são realizados exames em armas de fogo, dispositivos eletrônicos e documentos, além de acompanhar uma simulação prática preparada especialmente para a turma.
Para a professora Nabiha Maksoud, responsável pela disciplina de Processo Penal e idealizadora da visita, a atividade permite que o conteúdo teórico ganhe sentido real. “Nosso objetivo é transformar a teoria em prática. Os alunos estudam o Código de Processo Penal e as provas periciais, mas aqui têm a oportunidade de ver a lei sendo aplicada e entender a importância da perícia dentro do processo judicial. A prova técnica é a mais difícil de ser contestada, e compreender esse rigor é essencial para quem vai atuar no Direito”, destacou.
Entre os visitantes, a acadêmica Maria Eduarda Pick, do 6º semestre, falou sobre a experiência. “Estar aqui faz toda diferença. A gente aprende na faculdade sobre o papel da perícia, mas ver de perto os detalhes, como identificar uma nota falsa, por exemplo, mostra como o olhar técnico é decisivo. Para quem deseja seguir na área criminal, entender esse trabalho é fundamental, porque a perícia revela o que os olhos comuns não enxergam”, afirmou.
A coordenadora de divisão do Instituto de Criminalística, Karina Rebulla Laitart, acompanhou a visita e destacou o envolvimento do grupo.
“É sempre gratificante receber jovens interessados e curiosos, que querem compreender o papel da ciência na busca pela verdade. Cada explicação, cada demonstração prática desperta neles um olhar investigativo e crítico, e é exatamente isso que o sistema de Justiça precisa: profissionais que saibam valorizar a prova técnica e o trabalho pericial”, ressaltou.
Durante a atividade, os estudantes também foram apresentados à estrutura organizacional da Polícia Científica, que conta com outros institutos especializados localizados em outro prédio: o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), o IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses) e o II (Instituto de Identificação), além do Núcleo de Identificação Veicular, que também integra o Instituto de Criminalística.
A iniciativa reforça a parceria entre a Polícia Científica e o meio acadêmico, promovendo conhecimento, diálogo e valorização da perícia oficial como pilar essencial da segurança pública e da Justiça.





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