Cerca de 65% dos estudantes que concluíram cursos superiores em 2014 têm renda familiar de até 4,5 salários mínimos.

Dos alunos universitários em fase de conclusão de curso avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) em 2014, 35% são os primeiros da família a entrar em uma instituição de ensino superior.

A conclusão está presente na compilação dos dados respondidos pelos alunos no Questionário Socioeconômico do Exame, em estudo divulgado pelo Ministério da Educação.

Para o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, o índice é resultado de políticas públicas de acesso ao ensino superior, como o Programa Universidades para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e representa uma grande conquista para o Brasil.

“O crescimento fantástico no acesso ao ensino superior é uma das coisas mais bonitas que estamos vivendo no País.

Hoje temos mais de sete milhões de universitários, mais do que o dobro em 12 anos, quando o número era menor que três milhões. Tenho certeza que as famílias têm muito orgulho desses alunos”, disse.

Cerca de 65% dos estudantes que concluíram cursos superiores em 2014 têm renda familiar de até 4,5 salários mínimos, ou seja, uma família que recebe até R$ 3.546 por mês.

Os dados do questionário socioeconômico também mostram que a maior parte dos estudantes, além de estudar, também trabalha.

Mais de 64% dos universitários trabalham regularmente, e pelo menos 39% deles cumprem carga horária de 40 horas semanais.

Dos universitários que recebem alguma forma de incentivo, como bolsas ou financiamento, metade é de incentivo do governo federal, a partir do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Dos estudantes beneficiados pelo governo, 56% têm renda familiar de até três salários mínimos e 36% ingressaram por meio de políticas afirmativas, como por exemplo as cotas raciais e sociais.