Isenção vai gerar ao trabalhador que ganha até R$ 5 mil, por ano, R$ 4,067,00

’14º salário’: isenção do IR é benefício para os trabalhadores, avaliam deputados
Isenção vai gerar ao trabalhador que ganha até R$ 5 mil, por ano, R$ 4,067,00 / Foto: Deputado estadual Pedro Kemp – Imagem Ilustrativa. (Nathalia Alcântara, Midiamax)

A votação histórica na Câmara dos Deputados que aprovou a isenção do Imposto de Renda para o trabalhador que recebe até R$ 5 mil repercutiu na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), na manhã desta quinta-feira (2), horas após a aprovação.

Segundo Pedro Kemp (PT), a aprovação é um fato histórico. “Foi aprovado o projeto que isenta o pagamento do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e para quem ganha R$ 7,3 mil houve uma redução. A votação é histórica e milhões de brasileiros vão deixar de pagar o imposto”.

Ainda, Kemp apresentou um levantamento e disse que a economia é um 14º salário para o trabalhador enquadrado na situação. “Quem ganha até R$ 5 mil tem descontado R$ 312,89 do IR. Com esse projeto, não vai ter mais esse desconto; isso, somado em 12 meses, gera economia de R$ 4.067,00, quase um salário a mais. O 14º salário praticamente”.


 

Kemp ressaltou também que, quando o Governo Federal deixa de arrecadar, precisa compensar; por isso, o projeto aprovado ontem aumenta o Imposto de Renda de quem ganha R$ 50 mil por mês. “Isso é uma justiça fiscal, quem ganha pouco não paga nada. Quem ganha muito paga mais. Isso é governo do Lula”.

Conforme Paulo Duarte (PSB), a isenção é histórica e o imposto será reduzido para quem ganha até R$ 7,3 mil. “Com certeza é uma vitória imensa para os trabalhadores”.

Entenda
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, 1º, por unanimidade, o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil — promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como compensação à isenção para a base da pirâmide, o texto tributa contribuintes de alta renda.

O texto recebeu o apoio do Centrão e da oposição e foi aprovado com placar de 493 votos favoráveis. Todos os partidos, inclusive da oposição, orientaram de forma favorável à aprovação do texto. O projeto deverá passar também por votação no Senado antes de ser levado à sanção presidencial. Se for aprovada, a medida passa a valer em janeiro.

O PT espera usar a medida como vitrine na eleição do ano que vem, uma vez que pode beneficiar cerca de 16 milhões de pessoas. Além da isenção até R$ 5 mil, o projeto prevê a desoneração parcial de quem recebe até R$ 7.350. O custo inicial da medida era de R$ 25,8 bilhões por ano, mas foi elevado para R$ 31,2 bilhões após o relator do projeto na Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), aumentar a parcela de contribuintes com desconto no IR de R$ 7 mil (proposta original da Fazenda) para R$ 7.350 e fazer concessões ao agronegócio e a contribuintes de alta renda.