Especialista destaca que valor pode ser o pontapé inicial para quem deseja começar a investir.

13º salário à vista: é hora de fazer as contas e o planejamento para usar o abono natalino de forma consciente
/ Foto: Reprodução Adobe Stock

O tão esperado pagamento do 13º salário está chegando para os trabalhadores com carteira assinada no Brasil. Neste ano, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor injetado na economia brasileira deve ser de mais de R$ 321,4 bilhões. Apesar de tradicionalmente ser um fator que impulsiona as compras de fim de ano, especialistas alertam que o brasileiro precisa usar o dinheiro de forma estratégica.

Pela legislação trabalhista vigente, o valor pode ser pago em duas parcelas – a primeira, até 30 de novembro, e a segunda, até o dia 20 de dezembro. Em 2025, o prazo final para pagamento da primeira parcela será no dia 28 de novembro, já que o dia 30 cai em um domingo

O economista Fabrício Lacerda orienta o trabalhador a avaliar com atenção a situação financeira na qual se encontra para decidir se é o momento de pagar dívidas atrasadas ou mesmo fazer um investimento.

“Se há dívidas, a prioridade deve ser quitá-las, especialmente as de juros altos, como cartão e cheque especial. Agora, se as contas estão em dia, o ideal é investir o valor para começar o próximo ano com mais segurança e perspectiva de crescimento”, ressalta.

Veja, a seguir, cinco caminhos para utilizar o 13º salário de forma consciente em 2025:

1. Crie ou reforce sua reserva de emergência
Se não houver o equivalente a seis meses de despesas fixas guardados, é preciso priorizar esse objetivo. “É o colchão financeiro que garante tranquilidade diante de imprevistos. Tesouro Selic ou CDBs com liquidez diária são boas opções”, orienta Lacerda.

2. Aposte no bom momento da renda fixa
Mesmo com a Taxa Selic em trajetória de queda, os títulos de renda fixa seguem atrativos. “CDBs, LCIs e LCAs continuam oferecendo rentabilidade real positiva, com segurança e previsibilidade. É uma excelente porta de entrada para quem está começando a investir”, explica.

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3. Considere investir em fundos imobiliários e renda variável com cautela
Para quem já tem reserva e quer diversificar, os fundos imobiliários podem ser uma alternativa interessante. “Com a redução dos juros, o setor tende a se valorizar, e os dividendos mensais ajudam a criar uma renda extra recorrente”, afirma o economista.

4. Invista em conhecimento e capacitação
Nem todo investimento é financeiro. Há a possibilidade, por exemplo, de reservar uma parte do valor do 13º salário para cursos, certificações e atividades que podem gerar uma renda futura.

5. Evite aplicar por impulso
Atenção para não cair em modas de investimento ou seguir dicas de internet sem a apreciação necessária. “A pressa é inimiga da rentabilidade. Avalie o perfil de risco, os objetivos e, se possível, busque orientação profissional antes de aplicar”, conclui Lacerda.