Fernanda Crisley Vieira, de 30 anos, e Maria Cristina Vieira, de 96 anos, neta e avó paterna, se conheceram na manhã desta terça-feira (7). Fernanda, que não conhecia ou tinha contato com a família do pai, conseguiu localizar os parentes através da investigadora Maria Campos, que desde 1998 promove reencontros familiares.

A história de Fernanda começou com desencontros. O pai se separou da mãe dela, ainda grávida, e nunca mais teve qualquer contato com a família. Após alguns anos morando em Deodápolis com a mãe, ela se mudou para Dourados, onde vive hoje com o marido e o filho de 7 anos. Nesse meio tempo, Fernanda chegou a viver em São Paulo (SP), onde um dia encontrou uma tia paterna, com quem já não fala há alguns anos.

Em Dourados, Fernanda trabalha com uma senhora, que vem para a Capital de tempos em tempos para fazer tratamento médico. Um dia, em conversa com o porteiro do hotel onde se hospedou com a mulher, Fernanda contou que não conhecia a família do pai, mas sabia que eles moravam em Campo Grande. Foi aí que o homem a falou sobre a policial Maria Campos, que atua na 5ª Delegacia de Polícia Civil da Capital.

Maria busca familiares que estão desaparecidos e desde 1998 promove reencontros entre parentes. Assim que foi procurada por Fernanda, ela começou a buscar pela família paterna da mulher e, em dois dias, localizou uma tia, Zilda. “Achei que era trote”, contou a tia de Fernanda. Ao se identificar ao telefone como policial e pedir para falar com Maria Cristina Vieira, de 96 anos, a investigadora Maria Campos teve um impasse com Zilda.

Elas contam que a tia estranhou o fato de alguém se identificar como policial e pedir para falar com Maria Cristina, de 96 anos, mas tudo foi esclarecido. O encontro foi marcado para a manhã desta terça-feira e Fernanda foi até a casa dos familiares, onde pode, após 30 anos, receber o abraço da avó e dos tios paternos. Fernanda conheceu Maria Cristina, Zilda, outras duas tias e um tio e prometeu nunca mais perder contato.

Além do encontro, Fernanda faz planos e quer levar o filho de 7 anos para conhecer a 'bisa'. O final feliz para a família é também um final feliz para a policial Maria Campos “Cada encontro é uma história diferente e uma emoção diferente”, comentou.