Nesse período, o parlamentar não receberá o salário de cerca de R$ 18 mil.

O vereador Diego Cândido Batista (PSD), conhecido como Diego Carcará, recebeu a suspensão de 30 dias da Câmara Municipal de Fátima do Sul. Nesse período, o parlamentar não receberá o salário de cerca de R$ 18 mil.
Diego já havia encaminhado um ofício alegando que precisava tratar de assuntos particulares e precisaria se afastar por 30 dias de suas funções. Inicialmente o pedido foi aceito pelo presidente da Casa de Leis. Com isso ele continuaria recebendo o salário de vereador.
Após alguns dias, o vice-presidente da Câmara Municipal, Fábio Souza Gomes (DEM) explicou que uma sessão extraordinária foi realizada na segunda-feira (31) em que os vereadores decidiram, por unanimidade, pela suspensão de Diego Carcará.
Na mesma sessão eles votaram e negaram o pedido de licença de Diego Carcará e decidiram pela suspensão. Devido a isso, o parlamentar não receberá remuneração.
Pela resolução publicada, a suspensão de Carcará foi empregada porque a Justiça acatou denúncia contra o vereador e que atos "dessa natureza ferem, flagrantemente, o princípio da dignidade da pessoa humana, bem como o decoro parlamentar".
Após passar quatro dias em uma das celas da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Fátima do Sul, Diego foi encaminhado para a Penitenciária Estadual de Dourados no dia 27 de janeiro.
Inquérito concluído
Segundo informações da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Fátima do Sul, o inquérito do caso foi concluído e o parlamentar deverá responder pelos crimes de lesão corporal dolosa e vias de fato qualificadas por violência doméstica.
No dia 23 de janeiro, a Polícia Militar foi acionada por volta das 21h30 para ir à residência de Diego Cândido Batista. A esposa contou que o marido tinha voltado de uma viagem, quando os dois tiveram uma discussão.
Segundo ela, o casal e os 4 filhos passaram o domingo com familiares, e Diego teria consumido bebida alcoólica durante todo o dia. Ao chegar em casa, o vereador deixou o filho bebê cair no chão, o que motivou o início da briga. Diego afirma que a esposa "partiu para cima" e ele tentou se defender.
Em depoimento, a esposa do parlamentar disse que as ameaças feitas pelo marido se agravaram nos últimos meses, e que as brigas entre o casal têm sido constantes, mas que esta foi a primeira vez que ela denunciava as agressões à polícia. A vítima relatou que em um dos episódios, o vereador chegou a dizer: “Se não for minha, não será de mais de ninguém”.
Além disso, a vítima, que depende financeiramente do parlamentar, foi impedida de ter acesso a dinheiro, carro, e outros bens. Devido ao ocorrido, a esposa do vereador solicitou medida protetiva de urgência contra o marido, para tentar evitar que ele se aproxime dela, caso ganhe liberdade.