As ocorrências de SRAG mantêm-se altas no estado, mas a estimativa é de queda superior a 95% a longo prazo

Vacina breca crescimento de síndromes respiratórias em MS
As ocorrências de SRAG mantêm-se altas no estado, mas a estimativa é de queda superior a 95% a longo prazo / Foto: Madu Livramento, Jornal Midiamax

As ocorrências de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) mantêm-se altas em Mato Grosso do Sul, mas mostram sinais de queda, de acordo com o Boletim Infogripe, da Fiocruz. A queda da média móvel de casos começou no fim de abril, mesmo período em que o estado e a Capital liberaram a vacina da gripe para toda a população. Agora, os casos já chegam ao menor número desde março e a estimativa é de queda a longo prazo.

Em MS, há queda nas notificações de Influenza A em jovens, adultos e idosos; e de VSR nas crianças pequenas. Mesmo assim, a Fiocruz o nível de atividade dos vírus respiratório nas últimas 2 semanas é classificado como de “alto risco” pelo boletim. Contudo, os casos de SRAG tem probabilidade de queda superior a 95% no estado e estabilidade na Capital, a longo prazo.

O Boletim Infogripe mostra que a influenza A é responsável por 74% das mortes por SRAG no Brasil. Com relação aos casos, 33,4% das notificações da síndrome têm relação com influenza A; 1,1% com influenza B; 47,7% de VSR (vírus sincicial respiratório); 20,6% de rinovírus e 1,8% de Covid-19.

Gráficos da evolução dos casos de SRAG em Mato Grosso do Sul (Imagens: Boletim Infogripe, Fiocruz)
Campo Grande
“Estamos ainda sob vigência do decreto emergencial. Apesar do frio, que naturalmente aumenta os casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), o número de ocorrências tem se mantido relativamente estável”, afirma a secretária de saúde de Campo Grande, Rosana Leite. Ela reforça que a vacinação continua sendo a principal estratégia de enfrentamento às doenças respiratórias. “Quem se vacina hoje, em 15 dias já estará protegido contra formas graves da doença”, enfatiza Rosana.

Em contrapartida, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) observa uma escassez de leitos hospitalares, o que tem levado pacientes a permanecerem internados em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde). A secretária afirma que o aumento de casos de infarto e AVC, relacionados às baixas temperaturas, também leva à lotação das unidades de saúde.

O Painel de Síndromes Respiratórias da Sesau mostra que Campo Grande acumula 2.055 notificações de SRAG em 2025. Mais da metade dos pacientes (55%) já receberam alta. A maioria (30%) dos acometidos são crianças menores que 1 ano. Por fim, 158 pessoas morreram de SRAG na Capital.

Com relação às doenças responsáveis pela síndrome, 629 casos não foram especificados. VSR é a causa de 536 notificações, seguido de 315 por Influenza A e 246 por rinovírus. Nos casos que evoluíram para morte, 66 não têm agente especificado e 55 foram causadas por Influenza A.