Amanhã já serão entregues as primeiras doações de agasalhos, cobertores e até fraudas para bebê de 10 meses.

Tragédia mobiliza vizinhos e gera campanha por ajuda após incêndio
/ Foto: Dourados News

O recomeço da família que perdeu tudo em incêndio, na manhã desta terça-feira, dia 10 de julho, no Parque do Lajeado, em Campo Grande, vai contar com o apoio de moradores, dentre eles, muitos que ajudaram no resgate da família e até mesmo de profissionais acostumados a salvar vidas, diariamente.

Sensibilizada com a situação da família, a técnica de enfermagem do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) decidiu tentar mobilizar não só amigos, mas colegas de profissão para tentar arrecadar todo tipo de doação para as 10 pessoas que viviam no imóvel e ainda aguardam liberação médica.

“A história deles me comoveu então eu decidi pedir doações em grupos de WhatsApp e até na central de regulação do próprio Samu. Estamos sempre tentando salvar vidas e ajudar, se não for de um jeito é de outro”, comenta Carla.

Segundo o site Campo Grande News, amanhã já serão entregues as primeiras doações de agasalhos, cobertores e até fraudas para bebê de 10 meses que está internada na Santa Casa da Capital com queimaduras de 1º e 2º grau.

Carla conta que campanha ainda continua e quem puder fazer uma doação pode ir até o complexo regulador do Samu, no prédio da Sesau, na esquina da Rua Bahia com a Avenida Afonso Pena, no Jardim dos Estados.

Na casa simples da Rua Elídio Pinheiro, no Lageado, viviam duas irmãs com mais oito crianças e as causas do incêndio ainda serão apuradas pelo Corpo de Bombeiros. Pela manhã, ainda abalados pelo ocorrido, vizinhos que ajudaram nos resgate das crianças relataram os momentos de desespero por conta do incidente.

“Uma das crianças bateu na campanha lá em casa e quando eu sai, o fogo já estava alto. Uma das mulheres sangrava muito pelas mãos ao pedir ajuda”, comenta Rosemar Silva, de 37 anos, ao explicar que desesperada, uma das mulheres quebrou os vidros da casa com as próprias mãos para tentar tirar o bebê.

“Tinha muita gente tentando ajudar, mesmo assim meu pai e irmão tentaram entrar lá dentro. Um homem também tentou quebrar a janela com uma marreta”, conta a estudante Jéssica Gabriele Formentão, de 13 anos.

Moradora nos fundos da casa incendiada junto do pai, Maria Carolina Paz Sanchez lembra da tensão ver o desespero das crianças. “Meu pai estava fazendo café e escutei um menininho de 5 anos pedindo socorro, logo comecei a ver as crianças gritando pela janela”, conta. O pai de Maria, senhor Pedro Paz dos Santos também foi encaminhado com as crianças na Upa Vila Almeida porque também inalou muita fumaça.

A vizinhança da Rua Rua Elídio Pinheiro também esta de prontidão para receber doações para a família ou agendando visitas por meio do 99307-9635.