A deputada será a primeira ministra da equipe de Jair Bolsonaro. Medida faz com que o interior de MS tenha o deputado Federal Geraldo Resende como representante na Câmara Federal

Tereza Cristina será ministra e Geraldo assumirá vaga na Câmara Federa
Geraldo Resende e Tereza Cristina / Foto: Montagem/Lucio Bernardo Jr./ Billy Boss/Câmara dos Deputados

A deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), 64 anos, será a primeira mulher ministra do governo Jair Bolsonaro. O próprio presidente eleito confirmou em sua rede social a indicação da deputada para o Ministério da Agricultura. Com a nomeação em janeiro da nova ministra, Geraldo Resende, que é o primeiro suplente, ocupará a vaga dela na Câmara como deputado federal. Com isso o interior de Mato Grosso do Sul, em especial a Grande Dourados, terá um representante na Câmara Federal.

A confirmação do nome de Tereza Cristina como ministra já havia sido feita também pelo deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS). Segundo ele, a pasta não será fundida com o Ministério do Meio Ambiente, cujo titular será escolhido pelo presidente eleito e "homologado" pela bancada ruralista. De acordo com Moreira, o ministro do Meio Ambiente terá "um perfil diferenciado".

Durante encontro com Jair Bolsonaro, a bancada ruralista indicou Tereza Cristina para ser a ministra da Agricultura. A indicação foi feita por um grupo de 20 integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em reunião no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo. A bancada ruralista no Congresso Nacional reúne aproximadamente 260 parlamentares.

Engenheira agrônoma e empresária, Tereza Cristina é presidente da FPA e tem uma longa trajetória no setor. Ela foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul durante o governo de André Puccinelli (MDB).

Neste ano, Tereza Cristina foi uma das lideranças que defenderam a aprovação do Projeto de Lei 6.299, que flexibiliza as regras para fiscalização e aplicação de agrotóxicos no país.

Durante a campanha e depois de eleito, Bolsonaro fez várias defesas do agronegócio e dos investimentos no campo. Ele chegou a anunciar a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, mas depois afirmou que a questão ainda não está definida.

Ontem (6) o presidente eleito disse que as negociações para a escolha do nome para o Ministério da Agricultura era uma dos mais avançadas e que poderia ser divulgada ainda nesta semana. Jair Bolsonaro já confirmou os nomes de Paulo Guedes, para Economia; Sergio Moro, para Justiça; Onyx Lorenzoni, para Casa Civil; Marcos Pontes, para Ciência e Tecnologia; e o general Augusto Heleno, para o Gabinete de Segurança Institucional.

O deputado do interior

O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) disse ao DouradosAgora que a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro prestigia o Estado de Mato Grosso do Sul. "A deputada Tereza Cristina é competente, trabalhadora e com toda certeza vai orgulhar o País a frente do Ministério da Agricultura. MS estará bem representado no Governo Federal", destaca. Geraldo Resende, que atualmente é o único deputado federal do interior do Estado, disse que está muito feliz com a notícia, pois, segundo ele, corrige a representação política dos municípios. Segundo ele, ao assumir a vaga na Câmara Federal, terá a oportunidade de dar encaminhamento a grandes projetos que estão em andamento, como a completa Revitalização do Aeroporto de Dourados, Hospital da Mulher e da Criança em construção anexa ao Hospital Universitário; com o Hospital Regional, que está sendo construído na saída para Ponta Porã; com os autistas, cuja sede foi construída mas precisa ser equipada; com a área de turismo, que tem duas praças sendo revitalizadas em Dourados, mas que precisam de recursos para a segunda etapa; com o projeto de ampliação do aeroporto douradense, além de obras de ampliação e construção de hospitais em onze cidades da região, que vão precisar de mais recursos para conclusão e compra de equipamentos.

"Por isso, não dá para ficar de fora da vida pública. Mesmo se eu não estivesse em Brasília, iria dar meus "pitacos" e continuar servindo a minha cidade, que me acolheu, que eu amo e que acima de tudo quero vê-la cada vez melhor". Geraldo agradeceu a todos os moradores de Dourados e de Mato Grosso do Sul que lhe possibilitaram ser vitorioso na vida política. "Vou continuar sendo o deputado que mais trabalha pelos municípios do interior. Agradeço a Deus pela oportunidade de continuar trabalhando pela minha gente e pela minha terra que tanto amo. Agradeço a cada um dos meus quase 62 mil eleitores e a todos que se empenharam para que nos tornássemos o 5º deputado mais votado de MS nessas eleições. Continuarei a ajudar meu Estado e meu País!", destacou.

Ao ocupar a vaga de Tereza Cristina, Geraldo Resende irá para o 5º mandato. O parlamentar é reconhecido como o que mais projetos de lei apresentou em Brasilia entre os deputados de MS, além de seu trabalho na construção de obras em todas as áreas. São mais de 1.300 obras no Estado.