Médica alerta que ingestão de nutrientes em comprimidos não é benéfica para todo mundo.

Na academia ou na loja de produtos naturais, a pilha de suplementos alimentares costuma fazer sucesso. São diversas fórmulas que prometem o aumento de vitaminas, sais minerais e até o auxílio na perda de peso. Porém, diversas pesquisas científicas apontam que o uso indiscriminado de suplementos alimentares pode prejudicar o funcionamento de diversos órgãos do corpo, principalmente do fígado e do rim.
“Suplementos alimentares são produtos que fornecem vitaminas, minerais e outras substâncias com o intuito de complementar uma alimentação que por alguma razão não esteja sendo suficiente para fornecer nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo”, explica a médica endocrinologista, Renata Antonialli.
Segundo uma pesquisa divulgada em 2019, pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), os suplementos estão em 54% dos lares brasileiros. Mas, para Renata, nem todo mundo realmente precisaria complementar as vitaminas no corpo. “Em tese, um adulto normal, com uma alimentação balanceada e praticante de atividade física no mínimo 3x na semana não teria necessidade do consumo desses suplementos. Eles têm indicação bastante específica para pessoas com carência de algum nutriente ou atletas de alto rendimento”, alerta Renata.
O principal risco de consumir os suplementos sem orientação médica é ingerir determinado nutriente além do necessário para o corpo no momento, provocando danos para a saúde ao invés de melhorias significativas. Outro ponto é a combinação de substâncias, que podem aumentar a probabilidade do aparecimento de doenças. “Os suplementos alimentares só devem ser prescritos por médico ou nutricionista perante uma avaliação da real necessidade e do benefício para o paciente”, frisa.