Levantamento da Brandwatch indica 55% das menções em defesa do ex-presidente.
A plataforma Brandwatch identificou predominância de críticas à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada no sábado (22.nov.2025) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo o monitoramento digital, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, o tema gerou mais de 3 milhões de menções nas principais redes sociais, sendo que 55% das publicações feitas de sábado até 2ª feira (24.nov) reprovaram a medida ou expressaram apoio ao presidente.
Dentro do grupo contrário à prisão, 25% das postagens classificaram a decisão como perseguição política ou atuação excessiva do STF. Cerca de 15% direcionaram as críticas diretamente a Alexandre de Moraes.
O levantamento também mostra que 10% defenderam a inocência de Bolsonaro e 7% citaram sua idade e condições de saúde; 5% pediram anistia.
O estudo indica que aproximadamente 40% dos usuários apoiaram a prisão. Entre esses, 22% trataram o episódio como “grande dia”, referência a um post antigo de Bolsonaro no X (à época, Twitter), enquanto 15% avaliaram a condenação como “punição adequada a um golpista”.
As publicações que mencionaram a tornozeleira eletrônica –incluindo trechos em que Bolsonaro disse ter tentado abrir o equipamento com ferro quente–representaram 18% desse grupo. Já 10% recordaram a condução da pandemia durante seu governo.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou na 3ª feira (25.nov.2025) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começasse a cumprir a pena de 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado na Superintendência da PF (Polícia Federal), em Brasília, onde já está preso preventivamente desde sábado (22.nov).
“Determino o início do cumprimento da pena de Jair Messias Bolsonaro, em regime inicial fechado, da pena privativa de liberdade de 27 anos e três meses, sendo 24 anos e nove meses de reclusão (em regime fechado) e dois anos e seis meses de detenção”, escreveu o magistrado. Leia a íntegra da decisão (PDF – 246 kB).
Mais cedo, o STF havia comunicado que o processo contra o ex-presidente transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recursos contra a condenação. A defesa de Bolsonaro também não apresentou novos embargos de declaração –o prazo se encerrava às 23h59 de 2ª feira (24.nov).
O ex-presidente já está preso desde sábado (22.nov), na Superintendência da PF por ordem de Moraes. Bolsonaro cumpria prisão domiciliar e foi levado pela PF após tentar violar a tornozeleira eletrônica imposta pela Corte. Em vídeo, o próprio ex-chefe do Executivo diz que tentou abrir o dispositivo com um ferro de solda, o que levou à conversão da medida cautelar em prisão preventiva.