O clima seco característica do cerrado e a estiagem do período tornaram o cenário ideial para o aumento de queimadas e focos de incêndio em Mato Grosso do Sul, levando o Estado a terceira posição das incidências do país com 10,6 mil focos registrados em 2016.
O monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que detecta e quantifica regularmente por meio de imagens de satélites a extensão da vegetação queimada no País, apontou que o Estado está localizado em uma área de alto risco, e de janeiro a julho deste ano, foram registrados aproximadamente 1,3 mil queimadas em território sul-mato-grossense, e 475 apenas no mês de julho.
As chuvas têm sido menos frequentes em relação ao ano passado, e em algumas regiões, a estiagem completou 20 dias, e consequentemente, este ano tem batido recordes em queimadas e focos de fogo.
Para se ter ideia, apenas em Corumbá foram mais de 4 mil focos durante o ano, são em média 19 por dia. Seguido pelos municípios com 448 casos e Costa Rica com 395, conforme informações do meteorologista Natálio Abrão.
Durante os sete primeiros meses do ano passado ocorreram 1.170 queimadas, e em 2014 a quantidade foi ainda menor: 890 no mesmo período. Esses números apontam aumento de 46% nos últimos dois anos.
Para o trimestre – julho, agosto e setembro – a previsão do Inpe indica igual probabilidade para as três categorias na maior parte da Região, exceto para o extremo sul do Mato Grosso do Sul, onde a maior probabilidade é para a categoria dentro da faixa normal climatológica.