Iniciativas no Pantanal da Nhecolândia e em áreas florestais da Suzano monitoram a saúde do tatu-canastra e reforçam ações de preservação da biodiversidade.

Pesquisadores do Programa de Conservação do Tatu-canastra seguem com atividades de campo no Pantanal da Nhecolândia, em Mato Grosso do Sul. Na fazenda Baía das Pedras, uma das áreas de estudo, foi registrado o retorno de um tatu-peba (Euphractus sexcinctus) à sua toca um sinal positivo dentro do esforço de monitoramento da saúde dos tatus na região.
A iniciativa integra uma frente maior de conservação, que também envolve o projeto "Canastras e Eucaliptos", desenvolvido em parceria entre a Suzano, maior produtora mundial de celulose, e o ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres). O objetivo é estudar o comportamento do tatu-canastra (Priodontes maximus) e traçar estratégias para proteger a espécie no leste do estado.
O projeto começou em abril de 2024 com a formalização da parceria. Em julho, começaram os trabalhos de campo, incluindo reconhecimento de áreas, busca por vestígios da espécie e instalação de armadilhas fotográficas. Em março deste ano, ocorreu a primeira captura monitorada: uma fêmea de 37 quilos foi examinada e teve dados coletados para acompanhamento detalhado.
Além de ampliar o conhecimento sobre o tatu-canastra, o uso das câmeras também tem permitido o registro de outras espécies que vivem nos mesmos ambientes, como queixadas, catetos, antas, tamanduás, iraras e onças-pardas.
Atualmente, a Suzano mantém 808 mil hectares de florestas em Mato Grosso do Sul, dos quais quase 250 mil hectares são dedicados exclusivamente à conservação da biodiversidade. Nessas áreas, já foram identificadas mais de 1.500 espécies, incluindo 770 plantas, 388 aves, 92 mamíferos e dezenas de répteis, peixes e anfíbios.