Motorista do tráfico disse que rastreamento é feito pelos donos para transportador não “dar perdido” na carga.

PRF apreende maconha rastreada por GPS e prende batedores e “cavalo doido”
Aparelho de GPS ligado a baterias foi encontrado dentro do tablete de maconha. / Foto: Divulgação

Para impedir o furto da carga, traficantes da fronteira com o Paraguai estão rastreando maconha por GPS. Na noite de ontem (19), a PRF (Polícia Rodoviária Federal) encontrou aparelho de rastreamento por satélite introduzido em um tablete de maconha. Ligado a baterias, o GPS tinha um chip de celular para a transmissão do sinal.

A descoberta ocorreu no Posto Capey, na BR-463, município de Ponta Porã. A rodovia que liga a cidade fronteiriça a Dourados é a principal rota de cocaína e maconha que saem do país vizinho.

Três pessoas foram presas: rapaz de 19 anos morador em São Paulo que conduzia o Ford Fiesta com os 179 quilos de maconha e dois quilos de haxixe, e os dois batedores de estrada, uma mulher de 57 anos e um homem de 38, moradores em Ponta Porã.

Motoristas de cargas de maconha em carros de passeio são chamados na gíria policial de “cavalo doido”, porque transportam a droga no porta-malas e sobre os bancos. Diante da polícia, fogem em alta velocidade e abandonam o carregamento.

Na noite de ontem, no entanto, o paulista de 19 anos não teve tempo de fugir e foi preso com os batedores. O “cavalo doido” disse que receberia R$ 10 mil e os batedores R$ 5 mil para levar a droga até São José do Rio Preto (SP).

De acordo com o inspetor Waldir Brasil Junior, chefe da PRF em Dourados, quando vistoriavam a carga os policiais perceberam que um dos tabletes estava mais “gordinho”. O pacote foi aberto e dentro da maconha encontrado o aparelho de GPS.

Questionado sobre o motivo, o condutor do Fiesta onde estava a droga afirmou que o rastreamento é feito pelo dono da maconha para o transportador “não dar perdido na carga”. Os três presos foram levados para a Polícia Federal em Ponta Porã.