Nesta segunda-feira (12), a ACP realiza uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir nova paralisação.
Estava marcada, para a manhã desta sexta-feira (9), uma reunião entre professores da Rede Municipal de Ensino (Reme), vereadores e a prefeita Adriane Lopes, para a tentativa de um novo acordo sobre o cumprimento do pagamento do reajuste salarial da classe, previsto na Lei Municipal n. 6.796/2022.
No entanto, a prefeita não compareceu à reunião. Ao Correio do Estado, o presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP-MS), professor Lucilio Nobre, informou que Adriane Lopes não atendeu o sindicato, e não informou ou justificou sua ausência.
Durante coletiva, após a agenda desta sexta-feira, a prefeita Adriane Lopes afirmou que irá esperar a posse do novo presidente da ACP, que deve acontecer na próxima terça-feira (13), para se pronunciar.
Agora, a ACP irá realizar uma nova Assembleia Geral Extraordinária nesta segunda-feira (12), às 8h, para discutir uma nova paralisação.
Entenda
A prefeitura tinha até o dia 30 de novembro para realizar o pagamento do reajuste aos professores, que seria de 10,39% referentes ao mês de novembro, e 4,78% referentes a dezembro. A correção está prevista na Lei Municipal n. 6.796/2022 referente ao regime de 20h da Reme.
No entanto, a Prefeitura não realizou o reajuste, e, quando cobrada pela ACP, enviou uma proposta que contemplava apenas um adiantamento de 4,78% de dezembro, somado a R$ 400 de auxílio alimentação.
Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada no dia 29 de dezembro, os professores recusaram, por unanimidade, a proposta da prefeita, e votaram pela greve, que foi realizada entre os dias 2 e 9 de dezembro.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande (Sisem), vereador Marcos Tabosa (PDT), explicou que a luta pelo reajuste é antiga, em andamento desde a gestão do então prefeito, Marquinhos Trad, sendo responsabilidade da atual prefeita, Adriane Lopes, que era sua vice.
O presidente da ACP, professor Lucilio Nobre, também ressaltou que as tratativas do sindicato com o município se arrastam desde 2014.
Além disso, ele destaca que a Lei de Responsabilidade Fiscal é sempre usada como justificativa para o não cumprimento da lei do Piso 20h, algo que provoca grande indignação na categoria, pela desvalorização e falta de reconhecimento.
"Isso demonstra a falta de compromisso do Executivo Municipal em cumprir com as legislações em vigor", disse o presidente da ACP.