Conflito envolvendo Rússia e fechamento das exportações também em Belarus são os principais motivos da possível disparada.

Preços de alimentos disparam e governo não apresenta solução
A preocupação também causa impacto nas falas da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. / Foto: silas Lima

O conflito da Rússia e a possibilidade de fechamento das exportações de fertilizantes de Belarus podem afetar diretamente a economia do país com o aumento desenfreado dos alimentos. A preocupação também causa impacto nas falas da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

A ministra destacou que um fechamento mais radical nos países, que estão envolvidos diretamente em conflitos com a Ucrânia, o aumento pode ser ainda mais elevado, considerando que o preço já sofreu aumento no Brasil e no mundo.

"É muito importante a gente acompanhar isso bem de perto. Se essa guerra terminar logo, a gente vai ter uma reacomodação desse mercado. É importante a gente ter uma coisa mais robusta também do Canadá, nessas importações para o Brasil. O Brasil é o maior importador de fertilizantes do mundo, então, como grande consumidor que é, tem um grande interesse nesses países," acrescentou.

A ministra anunciou na última quarta-feira (2) que vai ao Canadá tratar da importação de potássio, utilizado como fertilizante agrícola. Ela manifestou a preocupação com os impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia em conversa com jornalistas.

"Estou indo dia 12 para o Canadá. Essa viagem já ia acontecer, mas foi confirmada agora, que temos conversa mais firme com nosso maior exportador de potássio. Quero deixar uma mensagem de equilíbrio. A safra brasileira desse momento, a safrinha, já está acontecendo. O que precisava de fertilizante já plantou", afirmou.

"O plano A é buscar outros parceiros, que a gente terá que importar quantidades menores, mas serão importantes", complementou.

Tereza Cristina também afirmou que o "plano B" seria realizar ações em propriedades rurais para estudar formas de uso mais eficaz de fertilizantes. Ela ainda considerou uma possível alta no preço dos alimentos, mas disse que o ministério está acompanhando para "diminuir os impactos".