
O prefeito afastado Gilmar Antunes Olarte (PP) se apresentou por volta das 5hh30 da manhã desta sexta-feira, com o advogado Jail Azambuja, junto à 3ª Delegacia de Campo Grande. Olarte não foi encontrado em casa, na manhã de ontem, quando a polícia cumpria mandado de prisão.
O empresário João Alberto Krempe Amorim dos Santos, sócio-proprietário da empresa Proteco e investigado em duas operações, a Coffee Break, que apura participação na cassação do prefeito Alcides Bernal, em março do ano passado e Lama Asfáltica, da Polícia Federal, que investiga desvio de recursos públicos, se apresentou no início da tarde de ontem na sede do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras), na Capital, em cumprimento a mandado de prisão temporária emitido na noite de quarta-feira pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Luiz Cláudio Bonassini da Silva, acatou pedido do Ministério Público do Estado (MPMS) e decretou as prisões temporárias – válidas por cinco dias - do ex-prefeito e atual vice afastado, Gilmar Antunes Olarte e do empresário João Alberto Krempe Amorim dos Santos.
Os dois são investigados na Operação Coffee Break, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Antes mesmo do pedido de prisão dos envolvidos, advogados dos investigados já peticionam na justiça.
Também investigado na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, João Amorim é acusado de fraudar licitações e desviar recursos públicos e resolveu apresentar-se no Garras, acompanhado de seu advogado Benedicto Arthur de Figueiredo Neto e no meio da tarde encaminhado ao Instituto Médico e Odontológico Legal (Imol) para exame de corpo de deli
A operação Coffee Break seria desdobramento da operação Lama Asfáltica, que investiga suposto esquema para desvio de dinheiro em obras públicas durante o governo de André Puccinelli (PMDB).
No mesmo despacho, o desembargador Bonassini negou provimento ao pedido de afastamento dos 17 vereadores que votaram pela cassação do prefeito Alcides Bernal, em março do ano passado e que estão também sob investigação do Gaeco pela suspeita de terem recebido vantagens financeiras em troca de voto.