O governo decidiu olhar com carinho para uma categoria estratégica: os entregadores de aplicativo. Na semana passada, o Planalto criou um grupo para acelerar a regularização da atividade.
O objetivo seria discutir três pontos centrais: (i) ganho mínimo por entrega, (ii) proteção social (seguro/previdência) e (iii) transparência no algoritmo usado por apps como 99, iFood e Rappi.
Como funciona hoje: O pagamento do entregador varia conforme horário e distância sem a existência de uma quantia mínima.
A proposta: Criar um valor-base por entrega. Trabalhadores pedem na casa de R$ 10, mas que o governo admite ser difícil aplicar nacionalmente, já que há diferenças de custo entre cidades. Empresas do setor também resistem à ideia.
Além disso, o plano inclui criar um sistema de proteção semelhante ao INSS e obrigar plataformas a explicar melhor como funcionam critérios de pontuação, rotas e distribuição de pedidos.
Por que isso importa? Atualmente, são mais de 3 milhões de entregadores e motoristas de apps no país, grupo que tem crescido a cada ano.
O governo sabe que entregar (com o perdão do trocadilho) algo concreto a essa base pode render força nas urnas em 2026.