De acordo com o porta-voz do governo, Siriphong Angksakulkiat, somente na província de Songkhla, que está em estado de emergência, foram registradas 110 mortes
Pelo menos 145 pessoas morreram na Tailândia devido às inundações que afetam várias províncias do sul do país há vários dias, especialmente a região de Songkhla, segundo o último balanço divulgado nesta sexta-feira (28) pelo governo tailandês. O porta-voz do governo, Siriphong Angksakulkiat, atualizou o balanço de danos em uma coletiva transmitida pelas redes sociais, na qual explicou que só na província de Songkhla – declarada em estado de emergência – foram registradas 110 mortes.
O restante das vítimas mortais foi reportado nas regiões de Nakhon Si Thammarat (9), Phatthalung (4), Trang (2), Pattani (6), Yala (5), Narathiwat (4) e Satun (5), que abriga a ilha turística de Ko Lipe.
Segundo dados oficiais, cerca de 3,5 milhões de pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas, que desencadearam inundações, deslizamentos de terra, colapso de pontes, desprendimentos de árvores e pelas quais mais de um milhão de lares sofreram danos de variada gravidade.
As missões de busca e resgate se concentram principalmente na cidade de Hat Yai, o centro econômico do sul da Tailândia, onde as equipes de emergência continuam recuperando cadáveres desde que as águas começaram a baixar.
Carros empilhados após serem arrastados pela corrente, pessoas esperando ajuda nos telhados ou caminhando com a água até o pescoço, escombros e um manto de lama sobre as ruas, são algumas das imagens que o desastre deixou em Hat Yai.
Águas da enchente submergem veículos em Hat Yai, na província de Songkhla, no sul da Tailândia
As autoridades advertiram que o número de vítimas pode aumentar à medida que se consegue inspecionar mais áreas da cidade.
As inundações, vinculadas ao forte temporal de chuvas que também atingiu o norte da Malásia, cobriram praticamente a cidade, e as equipes de emergência tiveram que resgatar os moradores em balsas e distribuir alimentos a partir de drones e helicópteros.
O governo da Tailândia, que assumiu no último mês de setembro, também é alvo de críticas por sua suposta falta de previsão e lenta resposta ao desastre.