"Dizia que se morressa ao volante, morreria feliz", diz Solimar, esposa de Enaldo Ramos, vítima de acidente.

Mulher soube que perdeu marido o reconhecer toalha em caminhão aos pedaços
Naldinho, como era chamado pelos amigos, morreu aos 49 anos. / Foto: Reprodução

Solimar Pedroso do Amaral, de 51 anos, continua tentando entender tudo que aconteceu na manhã desta quarta-feira (10), em Anhanduí. Ela é esposa do motorista Ednaldo Ramos dos Santos, de 49 anos, uma das vítimas do acidente trágico que aconteceu na BR-163.

A viúva contou ao Campo Grande News que eles estavam casados há 12 anos e além de parceiros no amor, eram parceiros na vida, já que a empresa que Ednaldo trabalhava pertencia à esposa. “Ele cuidava das entregas e eu cuidava do financeiro', contou.

Era apaixonado pelo que fazia, amava dirigir. O sonho dele era compra uma carreta. Ainda dizia que se um dia ele morresse atrás de um volante, morreria feliz', relembrou Solimar emocionada.

Ainda durante a entrevista, a esposa contou que ficou sabendo do acidente pela televisão. Em seguida, teve a confirmação de que o marido estava no local por um colega de estrada dele. Ela reconheceu a toalha pendurada na janela do caminhão aos pedaços.

O velório do Ednaldo será com o caixão fechado e está previsto para começar no fim da tarde desta quinta-feira (11) no Cemitério Memorial Park, na Rua Francisco dos Anjos, no Jardim Universitário, em Campo Grande. Devido à demora em liberar o corpo do motorista, a despedida terá de ser rápida.

Acidente - A colisão envolveu uma carreta bitrem, um caminhão que transportava produtos alimentícios, uma carreta carregada com porcos e um carro Chevrolet Onix. Com o impacto da colisão, um dos veículos tombou para a área de vegetação da rodovia, enquanto a cabine de outro ficou completamente destruída.

Uma das carretas transportava grão de milho e a carga ficou espalhada pela pista. O outro veículo estava carregado com porcos. Devido à colisão, alguns animais morreram e outros ficaram agonizando na rodovia.