Judocas já são conhecidas no esporte sul-mato-grossense.

MS será representado por 4 judocas em campeonato inédito de judô neste fim de semana
Milena, Aléxia, Maju e Maria Fernanda. / Foto: Reprodução

Mato Grosso do Sul será representado por 4 judocas no Aberto Nacional de Judô Sub-23, neste fim de semana, em Aracaju (SE). A competição é nova e visa fomentar a competitividade interna da modalidade e criar mais oportunidades para surgimento de novos talentos.

Estão com passaporte em mãos, as judocas Aléxia Vitória (categoria até 48 kg), Milena Demarco (até 57 kg), Maria Fernanda Sabbo (até 63 kg) e Maria Júlia Moreira (até 63 kg). A primeira edição reunirá cerca de 250 judocas de todo o país, com lutas nos dias 28 e 29 de maio, no Centro de Convenções AM Malls.

O Aberto Nacional Sub-23 servirá como seletiva para formar uma equipe para representar o Brasil nos Jogos Sul-Americanos de Assunção, cujas disputas no judô serão nos dias 11, 12 e 13 de outubro.

Judocas experientes
As quatros judocas já são figuras conhecidas no esporte sul-mato-grossense. Mais recentemente, Maju garantiu um bronze no Gymnasiade - a maior competição escolar do mundo. Ela enfrentou a judoca Kenza Cossu, de Luxemburgo na semifinal da categoria até 63 kg.

Aléxia Vitória foi atleta de apoio do Brasil na Olimpíada de Tóquio-2020, bicampeã pan-americana e confirmou o favoritismo na categoria ligeiro (até 48 kg) com a medalha de ouro no Brasileiro Sub-21 feminino, no ano passado. A campo-grandense também disputou o Campeonato Mundial Júnior de Judô, em Olbia, na Itália, acabando em sétimo lugar, no ano passado.

Também no Brasileiro Sub-21, Maria Fernanda e Milena, nas categorias meio-médio (até 63 kg) e leve (até 57 kg), respectivamente, alcançaram as condecorações de bronze.

Subir de nível
Na nova competição, o objetivo é acelerar o processo de transição dos judocas das categorias de base (Sub-18 e Sub-21) para a classe adulta (Sênior).

“A ideia de criar uma competição aberta e exclusiva para judocas de até 23 anos surgiu como parte de uma estratégia maior dentro da necessidade de renovação da equipe principal, buscando facilitar a transição, estimulando essa classe de idade e oferecendo maior competitividade interna para termos mais um filtro de investimento', explica Marcelo Theotonio, gerente de Alto Rendimento da CBJ (Confederação Brasileira de Judô).

“Sempre identificamos um hiato entre o Júnior e o Sênior. Então, acreditamos que, criando mais oportunidades para essa classe de idade (Sub-23) estaremos também dando mais tempo para que o atleta possa atingir uma maturidade maior no processo de transição e, assim, termos sempre reposição imediata no ciclo seguinte', conclui.

Além disso, o Aberto resgata uma geração de judocas que estavam no último ano de Júnior em 2020 quando a pandemia paralisou todas as atividades do judô no Brasil durante dois anos, deixando muitos desses atletas sem opções de continuidade em sua formação.

Planejamento estratégico
A ideia da CBJ é trabalhar com essa classe de idade em eventos internacionais de nível menor, como Open Continental, por exemplo, dando maior rodagem e experiência para chegarem melhor preparados na equipe principal, que, normalmente, encara competições de nível mais alto, como Grand Slam, World Masters, Continentais, Mundial e Jogos Olímpicos.

Por ser na mesma data do Campeonato Mundial Sênior de Tashkent (UZB), CBJ e COB (Confederação Olímpica Brasileira) concordaram em formar uma equipe jovem, mas com potencial, para lutar o Sul-Americano, enquanto os principais atletas estarão no Mundial.

Os Sub-23 que integram a seleção principal e que não se classificarem para o Mundial poderão fazer uma disputa final com o campeão do Aberto pela vaga em Assunção.