Acusado foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causa perigo comum.

Morte de tesoureiro do PT não teve motivação política, conclui polícia
Acusado foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causa perigo comum. / Foto: Arquivo pessoal

A morte de Marcelo Arruda, de 50 anos, tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu, não teve nenhuma motivação política de acordo com a conclusão do inquérito da Polícia Civil do Paraná. O acusado do assassinato, Jorge Guaranho, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causa perigo comum.

Arruda foi morto a tiros na própria festa de aniversário, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Lula, de acordo com o G1.

O acusado afirmou que atirou contra Marcelo por ter se defendido do petista, que teria jogado punhado de terra e pedra contra seu carro, após uma provocação política. No entanto, a delegada Camila Cecconello explica que a morte não foi provocada por motivo político, por entender que os disparos tenham sido feitos após uma escalada na discussão.

"É difícil nós falarmos que é um crime de ódio, que ele matou pelo fato de a vítima ser petista", afirmou.

A delegada avalia ainda que Guaranho não planejou o crime pois, embora tenha recebido a informação de que a festa tinha temática do PT e tenha ido até lá para provocar com música de Bolsonaro, cometeu o crime em um segundo momento.

"Segundo os depoimentos, que é o que temos nos autos, ele voltou porque se sentiu ofendido com essa escalada da discussão, com esse acirramento da discussão entre os dois", disse.

A Polícia Civil também abriu um inquérito para apurar as agressões sofridas por Jorge Guaranho após ele atirar contra Marcelo Arruda. Três pessoas são investigadas pelo caso.

A polícia também aguarda um laudo pericial para determinar a gravidade das agressões sofridas pelo policial penal federal.